Respondo ao ( que imagino ser) leitor Andréa C. sobre o ebook “Das Coisas Simples, Sensatas e Sinceras” que lancei em julho do ano passado.
Ele me envia duas perguntas:
1 – De quem é a autoria da foto que ilustra a capa – um boneco de madeira (pela aparência, um parente bem próximo do famoso Pinocchio do Gepeto) que simula a leitura de um livro convencional.
2 – Se há uma versão em livro convencional do ebook.
Permitam-me a oportunidade para reapresentar, ainda que sumariamente, a obra.
E na sequência respondo ao caríssimo leitor.
II.
A partir das perspectivas que se abrem com as novas tecnologias, para formatei este Das Coisas Simples, Sensatas e Sinceras – meu quarto livro, o primeiro apenas na plataforma digital, pela Amazon.com.
Trata-se de uma coletânea com 60 textos que escrev, entre 1996 e 2003 e que rechearam a seção Caro Leitor que assinei no jornal Gazeta do Ipiranga por 24 anos.
Resolvi, por conta e risco, dar uma sobrevida a essas crônicas sobre assuntos diversos. Falo de política, cultura, esportes e sociedade. São histórias a partir das notícias do daqueles tempos – anos 90 e início do século 21, que cismei de contar a partir de experiências vividas, observadas, ouvidas, imaginadas, pressentidas, requentadas, pensadas e criadas a partir de um olhar mais alongado, de uma emoção, digamos, pessoal.
Acrescento: este e-book é uma sequência natural do livro “Às Margens Plácidas do Ipiranga” que publiquei em 1997, abordando justamente o primeiro período da coluna, de 1979 a 2005.
III.
Quanto à foto, fui eu mesmo que cliquei (quem diria!) numa tarde do inverno de 2012 em uma praça de Turim, nos confins do Piemonte italiano. Não sou desses turistas que andam com a máquina pendurada no pescoço a fotografar cada passo da viagem. Mas, não resisti ao ver a ‘instalação’.
Sobre um quadrilátero de neve, estava a alegoria ao leitor e ao livro.
Pedi a câmera emprestada ao meu filho – e fiz a foto.
IV.
Quando preparava o ebook, logo pensei em utilizar a dita-cuja, apesar do aparente contraste que traz. O primo do Pinocchio (que imagino não ser o Andréa que me escreve e agora quer os direitos de imagem) está com um livro na mão – e não com um tablet ou klinde.
No fundo, no fundo, concluo agora, queria mesmo era lançar outro livro de papel.