Uma breve história que pesquei, dia desses, nas redes sociais – e que, desde então, estou a remoer. Hoje mais do que ontem.
Até porque ainda nesta manhã, desavisadamente alguém me reenviou o texto como a provocar esta publicação.
Fala sobre a relevância do silêncio.
(…)
O homem perdeu o relógio de estimação quando trabalhava no celeiro da fazenda.
Era o único bem que possuía. Pertencera ao avô, depois ao pai – e agora a ele.
– Que desastrado e infeliz que sou, lamentou – Como não cuidei disso com maior atenção?
(…)
Os amigos, ao vê-lo tão desacorçoado, resolveram ajuda-lo e formaram uma força-tarefa para vasculhar o local antes que a joia desaparecesse de vez em meio a tamanha bagunça.
Procura que procura – e nada.
Aos poucos, um a um, para desolação do dono do patacão, foram desistindo da busca.
(…)
Restou apenas um garoto sardento, pés no chão e ares de distraído que, sentado sobre um caixote, de olhos fechados, parecia dormir.
O homem abandonou-se ao desespero.
Mas, em minutos, teve uma bela surpresa.
O garoto lhe trouxe o relógio e entregou em mãos.
(…)
Todos correram para parabenizar o menino.
Alguém lhe perguntou como fez para encontrar sozinho o que um batalhão de gente adulta não conseguiu.
Simples, respondeu:
– Deixei que todos saíssem e, depois, fiquei em silêncio até ouvir o tique-taque do relógio. Daí foi só olhar para a direção certa e, pacientemente, localizá-lo em meio aos blocos de feno.
(…)
Neste momento de muitas vozes, muitos ruídos e essa avalanche de desatinos que nos rodeia, convém dar alguns minutos ao silêncio, a você mesmo e aos próprios pensamentos.
São nesses momentos que o Senhor e os anjos se fazem ouvir e nos guiam…
Pense nisso, em silêncio…
Ssssiuuuuuu!
*(foto: arquivo pessoal/agrigento/itália)
O que você acha?