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O síndico

Hoje deveria ser feriado nacional.

Mais do que isso.

Em todas as praças de cidades brasileiras, haveria um palco – e um ar de festa…

Um Carnaval fora de época, regado a soul music made in Brazil.

Todos os artistas do País estariam convocados para apresentações gratuitas, esfuziantes.

Tudo em nome da alegria. Tudo em nome do amor.

Tudo em nome da música.

Em nome de Sebastião Rodrigues Maia.

O Tião das Marmitas que se transformou em Tim Maia.

O síndico completaria hoje 70 anos.

As rádios deveriam homenageá-lo e passar o dia tocando seus inúmeros sucessos.

As TVs exibiriam especiais para lembrá-lo e até para penitenciarem-se do quanto marginalizaram um dos grandes nomes da música popular brasileira.

Não à toa Tim é contemporâneo de Gil, Caetano, Erasmo, Mílton…

Bendito – e musical – ano de 1942.

(…)

Imprevisível.

Único.

Talento extraordionário.

Tim Maia hoje é saudade – uma baita saudade.

(Morreu em março de 1998)

(…)

Para a molecada que não acompanhou a trajetória luminosa – e algo zoada – da figura, resta o santo Youtube com alguns de seus melhores momentos.

Podem – e devem – recorrer ao belo registro de sua vida feito por Nélson Motta em livro que, depois, deu origem a um bem sucedido musical em teatro (e consagrou o neto de Sílvio Santos, Tiago Abravanel). Projeto este que
futuramente deve virar filme.

Claro, há ainda uma penca de CDs; discos originais relançados, coletâneas, regravações e até um projeto de um disco (Nobody Can Live Forever, a ser lançado pela gravadora de David Byrne) e shows para internacionalizar a obra de Tim Maia.

Um belo pacote, sem dúvida. Eterno, repleto de preciosidades…

Mas, que não compensa a ausência do síndico mais amado do Brasil.