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Oi… Oi… Oi… (1)

Afirmam os especialistas em Comunicação que, em razão das novas ferramentas de relacionamento e informação que a web propicia, vivemos hoje a supremacia inconteste da segmentação de públicos. Vai daí que estão à mingua os chamados campeões de audiência, sucessos midiáticos que atingem indistintamente a todas as gentes.

Falamos, escrevemos, teclamos, cantamos, representamos, postamos para comunidade afim sobre assunto afim, com objetivos igualmente abundantes e variáveis.

E vida que segue…

II.

Na contramão dessa inexorável corrente, está a novela “Avenida Brasil”. Mesmo não sendo um noveleiro mor como eu – por força do ofício, quase sempre nesse horário estou na labuta –, é possível identificar a repercussão da trama de Jjoão Emanuel Carneiro nas mais diversas camadas sociais.

A comprovar o tamanho do sucesso, a própria sociedade regozija-se ao descobrir (e transportar) os personagens da ficção para este ou aquele similar na vida real.

III.

Este fenômeno, aliás, começou com outro “fenômeno”, o craque Ronaldo. Tempos atrás, ele disse ver (não sei onde, não sei para quem) algumas similaridades entre a sua família e o cotidiano da mansão do boleiro Tufão.

Depois veio a onda do reconhecimento público das “periguetes” no melhor estiloda estonteante Suelen. Jovens, de vestidinhos curtos, saltões, chapinhas, caras e bocas anunciaram aos quatros cantos que amavam ser o que eram, fazer o que faziam e acontecer nas baladas.

IV.

Ainda no embalo da ficção, os jornais descobriram uma penca de Cadinhos espalhados Brasil afora. Uma versão nativa de Elvis Presley vive na pacata Indaiatuba, interior de São Paulo, em harmonia com suas quatro esposas.

Leio agora que os movimentos gays vão se insurgir contra a possível volta ao armário do personagem Roni.

Oi… Oi… Oi…

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