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Olímpica beleza

Mas, é olímpica
a sua beleza
Ela é a alegria
da minha tristeza”.

Só por esses dias, quase quarenta anos depois, fui entender a plenitude dos versos acima. Que, aliás, sempre me encafifaram. De onde o poeta tirou essa comparação.

1968, 1969 não lembro bem. À época, Benjor ainda atendia pelo nome de Jorge Ben quando fez “Zazueira” e entregou para o amigo Wilson Simonal cantar. Depois Herp Albert e o Tijuana Brass a transformaram num hit internacional.

II.

Como vocês devem saber, não sou – e não fui – um louco aficionado pelas Olimpíadas.
Nem as que vieram antes. Nem esta agora na longínqua China.Tenho um breve interesse – e só. Prefiro o Brasileirão e a Copa do Mundo.

Por isso, não chorei quando perdemos no futebol ou em outros esportes. Nem fui ao delírio com as vitórias na natação e no salto à distância, com os heróicos Cielo e Mauren.

O Brasil está ainda longe de ser uma potência olímpica.
Aliás, o Brasil está ainda longe de tantas coisas mais e mais imporantes…

III.

Talvez até por isso estranhei a definição de “olímpica beleza”. E dizia, para mim mesmo, como fã de Benjor desde a primeira hora, “tem alguma coisa aí que não consigo entender”. E como, desdente de calabrês que sou, tudo o que não entendo estranho.

E o estranho me perturba…

IV.

Hoje eu sei que tais versos eram proféticos…

V.

Como assim?

Ora senhores…

A poesia suingou nas quadras de vôlei. Ganhou vida. Nome e sobrenome. E um sorriso cativante. E lágrimas de emoção na vitória. E a medalha de ouro. E o título de a melhor jogadora de vôlei feminino. E tema da nossa crônica de hoje…

VI.

Prometi não falar de Olimpíadas neste blog. Perdoem-me. Mas a olímpica beleza de PAULA PEQUENO me fez quebrar a promessa…