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Os dias eram assim… *

Nada no mundo é mais perigoso que a ignorância sincera e a estupidez conscienciosa.

Martim Luther King

Para que não paire qualquer dúvida e mal entendido, permitam-me sugerir, amigos e fiéis leitores, uma breve bibliografia sobre o Golpe de 1° de abril de 1964.

Começo minhas indicações com a bíblia do tema, os quatro livros-documentos do jornalista Élio Gaspari que cobrem as diversas etapas do obscurantismo que nos assolou de 64 a 85.

  • A Ditadura Envergonhada
  • A Ditadura Escancarada
  • A Ditadura Encurralada
  • A Ditadura Derrotada

Indispensáveis a quem tenha olhos para ver.

Outra publicação relevante:

  • O Ato e o Fato

Narra a saga de Carlos Heitor Cony, o primeiro jornalista a ter coragem de denunciar o Golpe Civil Militar de 64.

A antologia reúne crônicas e artigos publicados à época no jornal Correio da Manhã.

Em formato de livro de bolso, a Companhia das Letras lançou a série Vozes do Golpe em 2004. Com narrativas em tom de memória sobre os acontecimentos de 40 anos antes.

São quatro volumes:

  • Um Voluntário da Pátria, de Zuenir Ventura
  • A Revolução dos Caranguejos, de Carlos H. Cony
  • A Mancha, de Luis Fernando Veríssimo
  • Mãe Judia, 1964 – de Moacyr Scliar

Outra indicação:

  • Dossiê Herzog – Prisão, Tortura e Morte no Brasil

De autoria do jornalista Fernando Pacheco Jordão, reúne exaustiva documentação sobre o assassinato do jornalista Vladimir Herzog nos porões do DOI/Codi, em outubro de 1975.

O livro traça também um quadro da própria instituição da tortura que, naquele período, “desgraçadamente se tornou parte do cotidiano da vida brasileira”.

Paro por aqui nas minhas indicações.

São suficientes por hoje.

A propósito sobre o período ditatorial (64/85) há extensa lista de livros, artigos, ensaios e documentação à disposição de eventuais interessados. Todos têm em comum a finalidade vital de que nunca mais nos deixemos contaminar pelas trevas do autoritarismo e da injustiça social.

* Texto publicado originalmente em 26.03.2019

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