Todos conhecem a fama que o Palmeiras tem de forjar grandes goleiros.
Ao menos na história recente do Planeta Bola, não há como discutir essa assertiva.
Marcos, Sérgio, Velloso, Zetti, Ivan, Raul Marcel, Leão (que chegou com 17 anos ao Palmeiras), entre outros menos cotados, foram (e são) nomes de realce no futebol nacional.
Recentemente, Diego Cavalieri, Deola e Bruno tentam preservar esse legado. Com erros (como o de Bruno, ontem) e acertos. Cavalieri (hoje no Fluminense) é um dos convocados para a seleção brasileira que vai disputar a Copa das Confederações e Deola cumpre boa jornada no Vitória da Bahia.
Justiça seja feita, ressalte-se o papel de Valdir Joaquim de Moraes (goleiro dos anos 50 e 60) como grande idealizador do projeta e que, durante longos anos, trabalhou com os goleiros palmeirenses.
Faço esse relato para contrapor o outro lado dessa mística.
Ao longo dos últimos 35 anos, o Palmeiras saiu derrotado de, pelo menos cinco decisões, por falhas clamorosas de alguns de seus grandes e inesquecíveis guardiães.
Confiram:
Final do Brasileirão de 1978, primeiro jogo – Emerson Leão, titularíssimo da seleção brasileira e do Palmeiras, é expulso de campo, após enroscar-se tolamente com o centro-avante Careca, do Guarani. É certo que houve um exagero deliberado na interpretação do lance pelo então árbitro Arnaldo “Gostava de Aparecer” César Coelho. Mas, o pênalti foi preponderante para a derrota de 1×0 em pleno Morumbi.
Final do Paulistão, em 1986 – Um lance tosco entre o lateral Pedrinho e o goleiro Martorelli resultou no gol da vitória da Internacional de Limeira, primeiro e único clube do Interior a derrotar um dos grandes e tornar-se campeão paulista. Em outro lance bisonho, (pegou um adversário que simulava uma contusão no colo para apressar sua saída de campo), o goleiro acabou expulso de campo.
Final da Copa do Brasil, em 1996 – Velloso, talvez no melhor momento da sua carreira, tentou interceptar um cruzamento sem maiores riscos feito pelo ataque do Cruzeiro e acabou por soltar uma bola fácil nos pés do artilheiro Marcelo Ramos. Resultado: 2×1. Cruzeiro campeão. Só para constar esse era o Palmeiras de Luisão, Djalminha, Rivaldo, comandado por Vanderley Luxemburgo e considerado o último dos grandes times do Palmeiras.
Mundial de 1999. A inexplicável falha de São Marcos, queiramos ou não, foi vital para a vitória do Manchester United e a derrocada do sonho palmeirense. Melhor nem lembrar.
Por essas e por outras, garoto Bruno, força aí, levante a cabeça… Que erros e acertos são parte do jogo e da vida…
