Foto: João Bosco e Aldir Blanc/Divulgação
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Em recente participação no programa Sem Censura, da TV Brasil, o cantor e compositor João Bosco explicou como nasceu uma das mais belas canções da nossa música popular:
O Bêbado e a Equilibrista.
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Disse o músico que, no Natal de 1977, assistia consternado às notícias sobre o falecimento de Charles Chaplin naquele 25 de dezembro (1889/1977). Enquanto acompanhava o telejornal e revia as cenas do inesquecível Vagundo de Carlitos, Bosco dedilhava aleatoriamente o violão tomado pela emoção e inexplicável sentimento de perda.
Ainda sem se dar conta do que fazia, começou a harmonizar alguns acordes da belíssima Smile, canção de autoria de Chaplin, eternizada no filme Luzes da Cidade.
Foi nessa levada que, quando percebeu, estava compondo uma nova e lindíssima melodia.
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Ao encontrar-se com o parceiro e extraordinário letrista Aldir Blanc (1946/2020), foi logo lhe apresentando a música que fez inspirado naquele triste fato.
Aldir ouviu o amigo calado, mas visivelmente tocado pela narrativa de João.
Dias depois, o poeta e letrista voltou à casa de João, com uma folha de papel na mão, repleta de rabiscos.
Entregou ao amigo, e lhe disse:
“Está aqui. Veja… Acho que, desta vez, fizemos algo bem bonito mesmo”.
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Foi a única vez, ressaltou João Bosco, que o parceiro elogiou uma das tantas canções magníficas que ambos fizeram.
Aldir Blanc completaria 78 anos nesta segunda, dia 2.
Minha lembrança – e singela homenagem,
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O que você acha?