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PALMEIRAAAAAAAS! PALMEIRAAAAAAAS!

Aconteceu há algumas boas semanas – não escrevi antes sei lá por qual motivo.

Como não há notícia nova sobre o Palmeiras que folgou no fim de semana – e mesmo assim continua líder do Brasileirão – acho que é um bom dia para contá-la.

É uma história divertida. Vale o registro.

Foi no guichê de pagamento do cartão de estacionamento do shopping West Plaza do último andar, logo depois de um jogo do Verdão.

O casal de meia-idade estava inconformado com o tamanho da fila, quase na totalidade formada por torcedores felizes pela vitória do seu time.

Não sei se vocês sabem. O estádio Palestra Itália fica distante algumas quadras de dois shoppings. Em dias de jogos, é inevitável: boa parte dos torcedores deixa o carro no West Plaza ou no Bourbon.

À primeira vista, me parece que todos ganham com a involuntária parceria.

Os torcedores fogem dos preços abusivos dos estacionamentos particulares e desfrutam de certa segurança e comodidade.

O shopping passa a ter um faturamento extra. Até porque muitos dos torcedores se transformam em consumidores antes ou depois dos jogos. Seja na praça de alimentação seja na aquisição de um ou outro artigo.

Esta, porém, não era a opinião do casal – provavelmente sãopaulino ou torcedor daquele outro time – que armou o maior ‘barraco’ com os funcionários da empresa de estacionamento. O senhorzinho até que manteve a calma, mas a mulher desancou até a décima quinta geração de quem gerenciava o estacionamento, o shopping, o estádio e, de resto, a fauna ruidosa que, perfilada, fazia com que o começo da confusão fosse parar no andar de baixo.

— Isto aqui não é estádio!

Desancava a senhora em alto e bom som.

Só que a cada estrilo, seguia-se o coro dos torcedores…

“PALMEIRAAAAAAAAS!
PALMEIRAAAAAAAAS!”

… Que a deixava mais furiosa.

— Eu exijo ser atendida antes de todos. Exijo!

“PALMEIRAAAAAAAAS!
PALMEIRAAAAAAAAS!”

Seguranças de prontidão. E a mulher aos gritos:

— Sou usuária do shopping, eles não. Exijo um tratamento especial!

“PALMEIRAAAAAAAAS!
PALMEIRAAAAAAAAS!”

Estava próximo a eles. Senti que o clima poderia degringolar.

Por sorte, chegou a minha vez. Paguei o tíquete e saí rapidinho.

Não sem antes ouvir a observação de um torcedor mais gaiato :

— Tia, tia, não sei pra que tanto escândalo? Vassoura não paga estacionamento.

* FOTO NO BLOG: Caio Kenji