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Para lembrar Paulo Francis…

Aproveito o mote do desabafo oportuno que a presidenciável Luciana Genro (PSOL) consagrou no recente debate entre candidatos da CNBB para humildemente dar guarida, aqui no Blog, à voz solitária do jornalista Carlos Heitor Cony a lembrar, em suas colunas na Folha de S.Paulo, “o calvário de um jornalista”, Paulo Francis.

Em meados dos anos 90, Francis denunciou que “o estado maior da Petrobras, engenheiros, diretores e seus respectivos patronos formavam uma quadrilha de bandidos que roubavam descaradamente a empresa, juntamente em sua cúpula administrativa e técnica”.

Fez a denúncia em um programa de TV, do qual participava. As informações chegaram até ele, mas sem as chamadas provas cabais.

Francis, então, foi processado por calúnia na Corte americana, pois morava em Nova York. Os dirigentes da estatal queriam ser ressarcidos em algo em torno de 100 milhões de dólares, mais custas e honorários.

Escreveu Cony, em sua crônica de domingo passado, dia 14:

“Paulo Francis entrou em depressão, tal e tanta, que meses depois morreu subitamente. Agora, tomamos conhecimento gradativo que um jornalista culto e bem informado tenha feito as acusações que hoje são objetos de uma CPI e de um clamor que atinge não somente a honra da nação, mas a vergonha de todos nós.”

Por que os noticiários preferem tratar o assunto, deplorável em todos os sentidos, como uma novidade?

Não sei. Mas, posso imaginar.

Será porque naqueles idos preferiram abafar o caso. Será?

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