Foto: Arquivo Pessoal
…
Há dias que a gente se sente mais assim do que outros.
Por isso, por aquilo, por aquil’outro.
Não importa.
Aliás, eu tive uma camiseta com essa inscrição em letras garrafais:
NÃO IMPORTA.
Aí, o povo me via na rua e não resistia a curiosidade de perguntar:
“O que significa?”
E eu, tonto que só, respondia:
“Não sei. Mas, não importa”.
…
Enfim…
Voltemos ao assunto.
A gente está malzinho – e ponto e basta.
Que fazer?
Não sei.
Sei que li certa vez não lembro onde que essa tal felicidade não é um lugar onde se chega e, sim, por onde caminhamos em determinados momentos.
Dá pra entender?
Momentos que, não raras vezes, estão no passado (ah, como fui feliz!) ou no futuro (como diz aquela canção do Peninha: “amanhã certamente eu serei mais feliz”).
Nem sempre nos damos conta do quanto somos felizes no instante preciso e exato que somos felizes.
Portanto, caros e raros, prestemos mais atenção nas coisas simples, sensatas e sinceras.
Valem mais do que um passeio à Disney.
…
Quando estou nesse embaço, lembro a entrevista de Chico Buarque para um documentário antigo.
Quando lhe perguntaram o que ele tinha a dizer sobre a censura à época ditadura, ele disse simplesmente “nada”.
O repórter insistiu.
Afinal, quantas e quantas canções de sua autoria receberam o carimbão vermelho de proibida pelos algozes – e agora ele diz “nada”.
Chico, então, foi da maior sinceridade:
– Olha, rapaz, a censura me encheu muito o saco. Mas, eu também enchi muito o saco deles.
Chumbo trocado não dói, certo?
Bola pra frente, então.
…
Outro bom remédio para essas angústias é mirar-se em belos e bons exemplos.
Como o da atriz Mary Streep que, em depoimento na entrega do Globo de Ouro em 2017, disse o seguinte…
Não sei se resolve, mas deixa a gente um tantinho mais esperançoso.
Eita, se a moça fosse brasileira, quem sabe ela poderia assumir a…
Bem deixa pra lá…
Foi só um devaneio.
Bom e feliz domingo!
O que você acha?