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Pátria amada, Palmeiras (2)

Fernando Prass, Daniel Alves, Tiago Silva, Henrique e Marcelo, Eguren, Paulinho, Wesley e Valdivia, Hulk e Alan Kardec. Técnico: Pepe Guardiola.

Radicalizo para escalar o time ideal do Palmeiras para o ano do centenário.

Explico o motivo – ou os motivos.

Meu amigo, o Poeta, está tirando uma de Alberto Dines para cima deste modesto blog. Fez sérias críticas ao post de ontem. Disse que eu me perdi na nostalgia dos tempos idos e no mais que batido lugar comum da volta à série A, lugar onde o Palmeiras, por glórias e tradição, “jamais deveria ter saído”.

— O que pessoal queria (e quer) saber é sobre o futuro, arrematou de primeira, como se fosse o inesquecível César Maluco.

O Poeta assim como notáveis cronistas esportivos afirmam que o elenco do Palmeiras é limitado e que, se não houver uma profunda reformulação, corre sérios riscos de voltar a série B em 2015.

– Até a torcida vaiou no final da partida.

Achei um exagero as observações. Mas, não vou discutir com o amigo e um dos meus fiéis cinco ou seis leitores. Menos ainda com os coleguinhas da Imprensa. Concordo que o texto de ontem poderia ser melhor (a gente sempre acha que pode fazer melhor). No entanto, foi proposital não falar de futuro. Seria especular sobre o nada. Até porque, dado ao nivelamento do futebol nativo, é arriscado ficar projetando nomes que não sejam do calibre dos supracitados – e que reconheço são inviáveis para a estrutura do esporte no País, tanto da parte econômica quanto das questões básicas mesmo, como calendário, pré-temporada, torneios etc.

Na boa, não vejo grande diferença de elenco entre os times que disputam o Brasileirão. Vale mesmo o momento, a sorte, o encaixe entre as peças, o equilíbrio na parte administrativa. Os dois únicos grandes craques que tínhamos por aqui, Paulinho e Neymar, já bateram asas na última janela do europeu. O que estão por aqui dão para o gasto, e alternam boas e más performances.

O vaiado de hoje pode ser o herói de amanhã – vide caso Rogério Ceni que foi do céu ao inferno em poucas semanas.

Quanto às vaias da torcida – organizada, registre-se -, pausa para uma reflexão.

As tais torcidas não querem mais ser coadjuvantes. Querem mandar no time, pressionar jogadores, tomar o lugar dos diretores e do técnico. Acham que, na base da intimidação e da violência, podem fazer mais e melhor.

Não torcem para o clube, prioritariamente.

Valem-se dele, de sua história, de sua tradição, de suas conquistas, para fins próprios.

Como se viu no Pacaembu sábado, não têm o apoio do torcedor comum.

Este, sim, razão de ser dos clubes…