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Paul Anka está de volta

Considero deselegante comentar o “ato falho” de Michael Jackson e dos que cuidam da sua obra postumamente.

Prefiro ressaltar que o velho e bom Paul Anka está de volta às paradas.

Ele era o cara lá pelos fins dos anos 50, com o que chamavam de rock balada.

Não era assim um Elvis Presley.

Mas, suas baladinhas sacudiam a tal juventude transviada.

Românticas, levemente sincopadas, e um tanto quanto peraltas para os padrões da época.

“Diana” é o mais conhecida delas.

No Brasil, ganhou uma versão saborosa na voz de Carlos Gonzaga e ainda hoje faz parte do imaginário da rapaziada acima dos 50.

A bem da verdade, empolga a turba de todas as idades quando toca em bailes de formatura e afins.

Inspirou Caetano na tropicalíssima “Baby”, na virada dos anos de chumbo.

“I love you, baby”

Outra canção histórica deste canadense de 68 anos é "May Way".

Tem uma leitura definitiva na voz de Frank Sinatra, uma das músicas do século.

Agora, Paul Anka aparece como parceiro de Michael Jackson na recém-lançada “This Is It” que constava do espólio musical do Rei do Pop.

A bem da verdade, a canção foi lançada nesta semana sem que se creditasse a parceria.

Mas, o músico veio a público e ameaçou cobrar na Justiça os direitos que lhe são de direitos.

Os responsáveis pelo lançamento desacreditaram.

Michael aprontara outra das suas.

Que fazer?

Digamos que foi mais uma das esquisitices do Rei do Pop.

Toparam um acordo.

Vão lhe dar 50 por cento dos lucros.

Mais do que justo.

Paul Anka provou que a música foi composta em 1983 para constar do disco “Walk a Fine Line”.

Mas, ficou de fora.

O título original é “I Never Heard” e foi gravada, anos depois, pela cantora porto-riquenha Sa-Fire. Sem maior repercussão.

Agora na voz de Michael, com leves adaptações, entra para a história da canção popular de todos os tempos.

* FOTO NO BLOG: Camila Bevilacqua

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