Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
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Prestes a completar 89 anos no dia 20 de maio (ou 90, nem ele sabe ao certo), o ex-presidente do Uruguai e referência da esquerda global, José Pepe Mujica, fala sobre como entende a vida e a morte e analisa a América Latina e o mundo hoje.
Pincei um trecho da entrevista feita pela repórter Mayara Paixão, da Folha de S.Paulo:
Sobre o Brasil, como o sr. avalia o governo Lula?
Acredito que ele tenha ganhado as eleições porque era o Lula. Senão, Bolsonaro teria continuado. Lula teve que fazer concessões e uma aliança para o centro, muito forte, para tentar unir tudo o que era um espaço mais ou menos democrático para frear a extrema direita. Naturalmente isso vai ter efeitos. Não acredito que Lula possa fazer um governo muito radical à esquerda. Este será um governo moderado. E ele sempre foi muito moderado. Ele propunha uma revolução…
Propunha uma revolução?
Sim, que as pessoas pudessem comer três vezes ao dia. Para quem não tem comida, isso é uma revolução. Para quem sonha com a revolução, é pouco.
Clique AQUI para ler a íntegra da entrevista.
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Mesmo num momento tão caótico para o Brasil e para o mundo, faço questão de registrar o depoimento de Mujica à repórter brasileira.
Trata-se de uma lição de vida. E de fraternidade.
Eu o tenho como rara personalidade entre os ditos homens públicos no planeta.
É sempre bom poder ouvi-lo e refletir sobre suas palavras.
“Temos muito mais riqueza, mas somos seres piores” – diz Mujica em outro trecho da entrevista.
Confira!
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Sugestão da leitora Mirna:
O que você acha?