Permitam-me retomar o post de ontem.
Antes que me digam que estou me repetindo e sem assunto para tocar o blog, esclareço: assuntos, os há. Da renúncia papal às comemorações dos bem vividos 60 anos de Zico, o camisa 10 da Gávea. Da moça bonita que ganhou o Oscar às juras de amor eterno que a presidenta Dilma fez ao PMDB, os amigos percebem que temas não faltam.
Eu é que dormi embatucado com o final da história de sábado.
Ficaram coisas por dizer.
Não quero ser injusto com nenhum dos personagens. O protagonista apaixonado, a deusa que o abandonou e a esotérica de plantão que lhe garantiu que a moça voltaria.
Aliás, justiça se feita.
De fato, a moça voltou, vamos deixar bem claro.
Voltou para pegar o passaporte, mas voltou….
Melhor ele sequer procurar os órgãos de defesa do consumidor.
Como vimos nas linhas acima, a reclamação não se sustenta.
O nosso herói que não soube dar um ‘guento’ definitivo nela…
Volto a dizer: agradeço aos Céus não estar na pele do digníssimo…
Aliás, vamos ser sinceros?
Não há arrocho que segure uma mulher que já está em outra – pior dizendo para ele, com outro.
São como pássaros.
Quando ensaiam o voo, já voaram.
Quando elas se decidem por um ponto, nunca é o de interrogação.
Optam sempre pelo ponto final.
Nós, marmanjos de carteirinha, que preferimos as reticências, os talvez(es), os quem sabe, os ‘amanhã a gente vê’…
Se posso dizer algo mais ao nosso maior abandonado, recomendo que deixe o passaporte da moça na portaria dentro de um envelope, bonitinho, arrumadinho. Não dê trela para o porteiro e polidamente não insista em ficar rondando por perto. Não caia na asneira de se aproximar e, mais grave ainda, lhe perguntar com quem ela vai para os States.
Vai que ela é sincera e responde.
Tem coisa que é melhor a gente não saber…
Ah! Outra coisa.
Não se lamente com os amigos. Finja que nada aconteceu.
Entender, eles até entendem.
Mas, há sempre aquele que não resiste a uma boa piada.
E ouvir anedota de ‘corno’, nessa fase, dói mais que pisada de elefante…
