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Poesia pura

Caros, há algo de muito errado com este pobre escriba.

Agradeço a preocupação, mas não sei se poderão mesmo ajudar.

Quem sabe, ao lerem esse desabafo, desistam de vez de aparecer por aqui para ler as maltraçadas que aqui escrevo dia sim, e outro também.

Gosto de futebol, todos sabem.

Aliás, desde que me conheço por gente – se é que posso pleitear tal condição –, o futebol se fez presente como torcedor ou como pretenso boleiro, onde me arrastei até os 55 anos.

Como alguns de vocês sabem, pois registrei em post assim que o fato se sucedeu, só desistir de jogar quando ao marcar um gol de pênalti em uma Copa Nike da Imprensa, um torcedor gaiato gritou entusiasmado:

— Boa, Sean Connery!

Aí, não dá, né?

Resolvi parar sem volta olímpica e sem jogo de despedida.

Estava mais do que na hora.

Mesmo assim a paixão pela bola continua.

Sou sócio número 627 da Aceesp.

Sempre que posso vou aos estádios.

Leio e escrevo sobre o esporte.

E, acreditem se quiser, mesmo me odiando por isso, assisto a quase todas as mesas-redondas da TV.

Ou seja, repito, o interesse continua intacto.

Pois é…

Vou lhes confessar a minha aflição:

Não consigo compartilhar da empolgação dos nobres jornalistas esportivos com o futebol do Barcelona.

É um belo time.

O melhor do momento, como hoje comprovou ao vencer o Manchester United, na final da Champions Leag.

Mas, acho um baita exagero dizer que estamos diante de uma das melhores equipes de todos os tempos. Não sei onde li ou ouvi que, desde que se inventou a bola, nunca houve nada igual ao Barça.

Eu, particularmente – e para ficar em único exemplo, no mais óbvio – diria que é uma heresia comparar o Barcelona de Messi e Vila ao Santos de Pelé e Coutinho.

Aquilo , sim, era poesia pura.

Hoje, o Barça me diverte; aplaudo – mas, não me emociona.