Filas nos postos de combustíveis.
Buzinaços.
Ameaça de desabastecimento.
Greve dos caminhoneiros…
…
Há dias em que o melhor é deixar
que os outros falem por nós.
Hoje, por exemplo.
Digam lá, poetas…
I.
Quintana:
“Quantas vezes a gente, em busca de ventura,
Procede tal e qual o avozinho infeliz:
Em vão, por toda a parte, os óculos procura
Tendo-os na ponta do nariz”.
II.
Drummond:
“O mundo é grande e cabe nesta janela sobre o mar.
O mar é grande e cabe na cama e no colchão de amar.
O amar é grande e cabe no breve espaço de beijar. ”
III.
Bandeira:
“Assim eu quereria meu último poema
Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais
Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas
Que tivesse a beleza das flores quase sem perfumes”.
IV.
Vinicius:
“Amai, porque nada melhor para a saúde que um amor correspondido”.
V.
Cecília Meirelles:
“Quanto mais me despedaço, mais fico inteira e serena. ”
VI.
Pessoa:
“Eu amo tudo o que foi
Tudo o que já não é
A dor que já me não dói
A antiga e errônea fé
O ontem que a dor deixou,
O que deixou alegria
Só porque foi, e voou
E hoje é já outro dia.”
O que você acha?