Papo rápido porque hoje é sábado.
E eu e você, caríssimo leitor, temos bem mais o que fazer.
Seguinte.
Essa mania que tenho de, vez ou outra, me pronunciar sobre o Jornalismo, como fiz nos últimos dois posts e dezenas de vezes ao longo da vida e insistentemente aqui no Blog, faz com que alguns leitores me tenham, num grave equívoco, como oráculo da profissão ou autoridade qualquer no gênero.
Perdoem-me se os induzo ao erro.
Não é bem assim.
Ou melhor não é nada assim.
Como diria o grande filósofo contemporâneo Ben Jor, sou apenas “ um menino de mentalidade mediana”. Hoje, a bem da verdade, um velhote nostálgico e malemal informado sobre tudo e sobre nada.
Faço aí os meus discursos – aliás, os textos de ontem e antes de ontem foram calcados em meus pronunciamentos na Universidade – e escrevo porque o tema me é caro. Tenho simpatia e apreço pela profissão que exerço há 45 pra 46 anos.
Pode não dizer muito, mas desconfio que tenho alguma base para discorrer sobre a causa.
Ou não?
(…)
Nunca fui o Fodão do Bairro Peixoto (pra usar uma expressão das antigas) nas redações por onde andei, mas tenho uma carreira que deu pro gasto e pro meu gosto. Fiz o que me foi dado e pude fazer, com a maior honestidade e na medida das minhas limitações [que não são poucas].
Não me arrependo.
Salvo engano – a se comprovar na posteridade, creio -, sempre estive do lado certo. Um tanto por intuição; outro tanto pelos raros e notáveis amigos que encontrei pelo caminho e me deram régua e compasso para traçar meu trajeto no Jornalismo e vida afora. Ao lado deles, tive como norte a defesa da democracia, dos direitos civis do cidadão, da liberdade de ser o que se é e assim poder anunciá-lo e vivê-lo aos quatro cantos e, principalmente, a construção de um Brasil de todos os brasileiros.
Mesmo a latir como um vira-lata banguela à lua distante, não abrimos mãos dos nossos valores e princípios.
(…)
Que me perdoem os que estão, ali, ao lado do retrocesso e do autoritarismo, não será agora que vou mudar meu prumo. Aos odientos e divisionistas, só um recado: quando escrevo sobre Jornalismo, eu o faço com olhos e coração voltados para as novas gerações que sonham viver a profissão, com suas glórias (nem tantas assim, creiam) e aflições (muitas).
Dou os meus pitacos e o meu total amparo – mesmo longe da sala de aula e dos engessados currículos -, pois sei que a esta legião de idealistas, creiam, pertencem os passos que farão o caminho.
E eu acredito neles. Farão mais e melhor…
Por enquanto, é só…
(Como diria aquel’outro filósofo contemporâneo, o simpático Pernalonga, aquele dos desenhos animados).
O que você acha?