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Prelúdio

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Foto: Reprodução das redes sociais

Caros e preclaros,

Faço essa resenha sobre meus 50 anos de jornalismo mais para consumo próprio do que propriamente pelo interesse público ou do público [precisamente os generosos cinco ou seis leitores que me acompanham na lida diária do meu cotidiano blogar.

Tenho recebido lindos e bem-vindos comentários dos amigos sobre os feitos e malfeitos deste malajambrado escriba a relembrar antigas (e não-tão-épicas) jornadas.

Fico lisonjeado, agradeço e faço hoje um entreatos..

Sempre me considerei um repórter vira-lata, sem refino para frequentar altas rodas do poder.

Por gosto e interesse, prefiro retratar o dia a dia das gentes brazucas.

Sempre me oferecem notáveis (e verdadeiras) histórias de vida. 

Faço valer o mantra do Velho Marques, lembram?

Vez e voz àqueles que tocam a marcha das coisas simples, sensatas e sinceras.

Dos que seguem em frente apesar de todos os sufocos que corajosamente enfrentam.

Aqueles que raramente são ouvidos, quase nunca são levados em consideração.

É nesse contexto, diria, que me sinto mais à vontade. Junto aos meus iguais.

Faço a ressalva para que o amigo leitor não veja nessa série de crônicas/posts alguma marca de bazógfias ou gabolices tictoknianas.

Elogios em boca própria é vitupério, dizem pelaí.

Diria minha gerente do banco – que não conheço, pois só me atende virtualmente – é mais uma ‘prova de vida’ dessas que nos pedem de quando em quando para saber se ainda estamos pelaí.

Uma revisão dos passos e do caminho.

A vida, por vezes, precisa de uma pausa.

E nos dá a rara oportunidade de olhar pelo retrovisor e cotejar a longa estrada que andamos.

A bem da verdade, só me dei conta do tal cinquentenário momentos antes de escrever o primeiro post deste ano. Dediquei o texto a São Francisco Sales, o padroeiro dos jornalistas, e, num repente lúdico, sobraram-me óbvias inquietações:

‘Rapaz, há quanto tempo estou nessa lida?’

‘Como cheguei até aqui?’

Erros?

Acertos?

‘De onde veio essa coisa de ser jornalista?’

Esses e outros tantos questionamentos que nunca soube e não sei responder com precisão.

Tento compreendê-los.

Talvez por isso – creio – continuarei a remexer no baú da memória.

Tudo foi tão rápido, momentâneo; diria imprevisível. Tão significativo.

Enfim…

Permitam-me uma platitude para encerrar o post:

Não existe jornalismo sem o sonho e a utopia de um mundo melhor para todos.

Lembram a cantiga de Raulzito?

“Sonho que se sonha só é só um sonho que se sonha só. Sonho que se sonha junto é realidade.”

Então.

Sigamos…

* Entrevista com Raul Seixas.

Leiam AQUI!

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