Foto: Arquivo Pessoal
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Creio que posso incluir na minha coletânea de 50 anos de jornalismo, os vinte e tantos anos que passei nas quatro instituições de ensino por onde andei – a Metodista, a Faap, a UniFai e as Faculdades São Marcos.
Num brevíssimo resumo dessa jornada, diria que, com certeza, muito mais aprendi do que ensinei.
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Acreditem, amigos, que ainda reluto em atender a quem me chama de ‘professor’?
Curioso, não?
Nesse tempo de ministério, atuei ora como professor ora como coordenador do curso de Jornalismo. Quase sempre conciliei as duas honrosas funções – mas, sempre e sempre, primordialmente me senti um jornalista na sala de aula.
Sabem aquela corrida de revezamento?
Era assim que eu me via, a embicar na linha de chegada dos meus 100 metros rasos e passando o bastão.
Vamos lá rapaziada que agora é a vez de você performar.
(O verbo está na moda. Não resisti, perdoem.)
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Há alguns anos fora do campus e sem qualquer plano de voltar regularmente ao magistério (já dei a minha cota), não é raro encontrar, em minhas andanças, ex-alunos que fizeram parte desses tempos que me foram, reconheço, gratificante.
Faço a importante ressalva:
Estou certo de que o convívio com a garotada me fez um bem incalculável.
Aliás, como diria o professor Cassimiro nas aulas do ensino médio, “viver é um eterno aprendizado”.
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Fico feliz quando os encontro – e alguns me dizem que andam por aqui no Blog sempre que podem.
Talvez falem só para me agradar.
Não importa.
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Importa mesmo que, enquanto teclo a coluna do dia como agora, muito do que escrevo é diretamente voltado para eles.
Explico:
É assombrosa a responsabilidade desses jovens (e alguns não tão jovens, é bem verdade) que toparam o desafio de fazer Jornalismo em tempos tão aziagos e sombrios.
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O post Estilhaços de sonhos é um bom exemplo.
Escrevi para eles e por eles.
Jornalismo é missão.
Jornalismo é caráter.
Jornalismo é compromisso com a democracia e a justiça social.
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“Uma vez professor sempre professor” – me dizia o saudoso amigo e professor Paulo Tarsitano.
Não duvido.
Por isso, permitam-me, agora e sempre reverenciar, com este post, a todos os professores – e a eles dedicar uma frase do melhor de todos os cronistas, Rubem Braga:
“Glória ao padeiro
Que acredita no pão.”
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O que você acha?