...MAS O OUTRO É O ALAIN DELON.
O que fazer?
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Recebo a foto num grupo do zap, os amigos Dinossauros Rock.
A foto e a bem-humorada legenda.
Emblemáticas, ambas.
Acrescento por conta risco a pergunta – e repasso a insólita cena para outros amigos e outros grupos do zap.
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Eles me retornam prontamente.
Boa repercussão.
Ninguém ousou se comparar com os personagens famosos.
(Tenho amigos minimamente com a cabeça no lugar.)
Vem, sim, um enxurrada de emojis. Especialmente aquele da carinha que ri e verte lágrimas ao mesmo tempo.
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Coisas da vida, me zapeia um.
Inevitável, diz a moça.
Alguém reclama do estilo Mick Jagger, calças rosa berrante, meias cada uma de uma cor.
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Perguntam-me se é montagem…
Desconfio que não.
Os personagens, a bem da verdade, recendem ao século passado.
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Por falar em século 20 me permitam-me uma digressão.
Tem algo a ver.
Me veio à memória uma entrevista com a Adriana Galisteu.
Ela discorreu sobre sua paixão por Ayrton Senna.
Porém, disse ela, houve uma vez que ela bambeou.
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Foi após um GP de Mônaco que o brasileiro venceu brilhantemente – e, por força do protocolo, o casal Senna e Galisteu foi convidado para o jantar com a realeza do principado.
Até aí, tudo bem.
Acontece que o ator Richard Gere, no auge da fama do filme Uma Linda Mulher, apareceu todo pimpão entre os convivas.
Galisteu confessou que foi aí, ao conhecê-lo, que tremeu na base.
Ficou encantada.
O homem era um charme.
Vez ou outra, durante o rega-bofe real, ela espichava um olhar mais alongado, digamos, curiosa em melhor observá-lo entre os tais e os quais.
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Enfim…
Coisas da vida. Inevitável, como bem disseram os amigos.
De toda forma, fica aí o alerta:
Tem hora que o melhor a fazer é não fazer.
Desbaratinar.
Ficar bem quietinho, no nosso canto.
Se vale pro Mick Jagger, vale pra qualquer um de nós.
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O que você acha?