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Que vença o melhor!

A regra é clara.

A CBF deveria vir a público e esclarecer toda a verdade do afastamento do arbitro Wagner Tardelli do comando da partida entre Goiás e São Paulo, hoje no Bezerrão.

É tapar o sol com a peneira anunciar para amanhã o esclarecimento dos fatos.

As suspeitas só farão aumentar.

Até porque, nesta temporada, os erros de arbitragem foram muitos e tantos e tamanhos.

Muitos deles ignorados pela Comissão de Arbitragem que, aliás, teve um ano de lambanças e equívocos grotescos. Como punir Simonsen por não assinalar um suposto pênalti que beneficiaria o Flamengo contra o Cruzeiro – que depois as câmeras de TV mostraram a simulação do jogador Tardelli, do Flamengo – e premiar o Gaciba após uma atuação estapafúrdia no jogo Flamengo e Palmeiras, quando ele deixou que o avante do mesmo Flamengo cobrasse uma inflação a oito, dez metros à frente de onde de fato aconteceu. Na seqüência da jogada, saiu o segundo gol do Flamengo. Na semana seguinte, Gaciba apitou Vasco e São Paulo, outro jogo decisivo.

A crônica esportiva tem sido generosa com as péssimas arbitragens.

Talvez porque se inspire nos chamados comentaristas de arbitragens, a praga dos ex-juizes de futebol que agora se metem a comentar os lances polêmicos. Como se quem os viu apitar não lembre dos absurdos que faziam em campo. Como se quem estivesse assistindo ao jogo pela TV não enxergasse, com clareza, o lance que se repete dezena de vezes.

Por vezes, é até constrangedor.

Uma das partes, seguramente, vai precisar ir ao oculista na segunda-feira. Ou quem está do lado de cá do vídeo, e não consegue ver a falta. Ou o tal comentarista que insiste em dizer que ocorreu sabe-se lá por quais motivos.

Ou mais constrangedor ainda: quando o Galvão “Ninguém Merece” Bueno não concorda com o parecer do ex-árbitro. Enquanto o tal não muda de opinião ficará ouvindo indiretas do narrador global.

De qualquer forma, e de volta ao começo, a CBF perdeu a oportunidade de por às claras ainda ontem tudo o que envolveu a tal tentativa de suborno, desbaratada quando alguém na entidade interceptou um envelope com dinheiro e ingressos para o show de Madonna.

Aliás, dizem que de todo o episódio, o grande mistério a ser revelado é exatamente este: os bilhetes para ver a Diva entraram como brinde ou foram condição imprescindível às negociações?

Imaginemos a cena.

O corruptor:

— Então, fechado?

O intermediário do suposto corrompido:

— Nada disso. Sem os ingressos do show da Madonna nada feito.

O corruptor:

— Depois a gente vê isso. É o título brasileiro que está em jogo. Eu dobro a grana.

O outro:

— Meu caro, você não entendeu. Sem Madonna, não tem negócio. E quer saber? Que vença o melhor…

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