Não vi e não gostei da vitória do Palmeiras.
Parco 1 x 0 no Atlético Paranaense, em pleno Parque Antártica, pela Copa do Brasil.
Desconfio que não vamos muito longe na competição que é o tal “caminho mais curto para a Libertadores”.
Como não faz parte dos meus planos mudar de time, melhor mudar de assunto.
Falar do Santos de Neymar, Robinho, Ganso e Cia também vai me deixar pouco à vontade.
Até porque esse Palmeiras mequetrefe bateu o Santos, lá na Vila, ainda recentemente.
Exceção a àquela inexplicável jornada, há que se reconhecer que este Santos moleque brinda os olhos de quem o vê em campo.
Na noite de quarta, cheguei a ficar com pena dos garotos do Guarani quando se encerrou o primeiro tempo e se encaminhavam para o vestiário.
Já levavam 4 cocos na sacola, um perna-dura deles acabara de ser expulso e ainda tinham mais 45 minutos de bola rolando pela frente.
Se pudessem, creio, não voltariam nunca para o segundo tempo.
Os 8 x 1 até que ficaram de bom tamanho…
Quando vejo time do Santos em campo lembro-me do amigo saudoso Nasci e suas definitivas conclusões sobre tudo e sobre todos.
“Futebol é coisa pra jovem”, dizia.
— Depois que o garoto vira profissional perde a espontaneidade que é inerente ao esporte.
O Nasci dizia que, para jogar o tal futebol-arte, não há como ter compromisso com nada.
Nem com a vitória, nem com a conquista de título, por mais importante que seja.
Tanto faz perder ou ganhar, a diversão está em primeiro lugar.
È ou não é a cara do time do Santos que deve e merece ser campeão.
Mas, que hoje encanta a todos, palmeirenses, corintianos e até os tricolores que ainda sonham com o título; mas sabem bem que agora quem dá bola é o Santos.
** FOTO NO BLOG: Paris/arquivo pessoal