“Estou contente de que a imagem de Nossa Senhora Aparecida esteja aqui nos Jardins. Em 2013, havia prometido retornar, no próximo ano, a Aparecida. Não sei se será possível. Mas, pelo menos, estou mais próximo dela aqui. Convido-os a rezar para que ela continue protegendo todo o Brasil, todo o povo brasileiro, neste momento triste. Que ela proteja os pobres, os descartados, os idosos abandonados, os meninos de rua. Que proteja os descartados que se encontram nas mãos dos exploradores de todo tipo. Que ela salve o seu povo, com a justiça social e o amor de seu Filho, Jesus Cristo”.
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Não me causa qualquer estranheza o pronunciamento do Papa Francisco na manhã de ontem, nos Jardins do Vaticano, ao inaugurar um monumento em homenagem a Nossa Senhora Aparecida, a Padroeira do Brasil.
Francisco, como é sabido e notório desde de seus primeiros atos como Sumo Pontífice, revelou-se um pétreo defensor dos mais humildes, os desvalidos. Sua conduta se pauta pela igualdade entre os homens e pela ampla luta em prol da democracia e da paz entre os povos.
O recado é claro.
No Brasil de hoje, por mais que os toscos não queiram enxergar, muitos desses pilares sociais correm sério riscos de esfacelar-se.
Temos um governo ilegítimo, que se aboletou no Poder, com um discurso esquizofrênico (salvar a Economia em nome dos interesses das grandes corporações nativas ou não). Temos uma mídia manipuladora que conspira (como fez às vésperas de 54 e 64) e instituições que se embaralham e confundem e já não sabemos mais a quem efetivamente são servis.
Na ruas das grandes cidades, o pau está cantando nas costas da rapaziada (estudantes e representantes de movimentos populares) que ousa denunciar os tristes dias que nos esperam.
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Enquanto isso, o polyanico marqueteiro oficial divulga que tem a solução de todos os nossos males: em reposta ao ‘Fora, Temer’ que as ruas cantam, ele (o gênio do marketing político) criou o ‘Bora, Temer’ para melhorar o astral de toda a sociedade e colocar o País nos trilhos.
A que ponto, chegamos…
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Hoje, o Papa Francisco, em ato religioso que reuniu 100 mil fiéis no Vaticano, canonizou Madre Tereza de Calcutá que, em 1987, recebeu o Premio Nobel da Paz por serviços prestados à humanidade.
Madre Tereza dedicou toda sua vida aos pobres e aos doentes.
Que ela também interceda por nós…