O futebol é um “abre-te Sézamo” para o brasileiro que está no Exterior.
Não é mau negócio o turista ter bagagem uma camisa da seleção, preferivelmente “a amarelinha”.
Continuamos, apesar de todos os pesares, a ser o País do Futebol.
No entanto, vale a ressalva.
Nossos campeonatos e nossos clubes, para eles, não existem.
(Que me perdoem os amigos corintianos que imaginam ter coberto o Planeta com o sagrado manto alvinegro.)
Existe, sim, o escrete que é atração em qualquer canto do mundo que se apresente.
Mas, primordiamente, os gringos têm na lembrança as memoráveis passagens pelo futebol europeu de “foras de série” como Romário, Ronaldo e – vá lá – Ronaldinho Gaúcho.
Há uma (in)certa expectativa quanto à Copa do Mundo.
Temem que o País não dê conta de cumprir os prazos para término das obras.
Também são frequentes as perguntas sobre a questão da segurança.
Por essas e por aquelas, concluo que já vivemos dias melhores.
Até o mito inatingível de Pelé como Rei do Futebol, começa a desaparecer, ofuscado pelas façanhas recorrentes do argentino Messi.
Vivemos em um mundo globalizado, com a popularização do esporte nas mais diversas plataformas midiáticas e cousa e lousa e mariposa.
Sei que os tempos são outros – e as comparações não se sustentam.
Pelé, para nós, será sempre o primeiro, o único; eterno.
Mas, vale para o futebol canarinho ligar o sinal de alerta.
II.
Cena singular presenciei no jogo Lille 3 versus Olympique Nimes 2 pela copa da liga francesa. Uma partida disputadíssima, com várias alternativas no placar.
Ao final, o estádio explodiu em aplauso para ambas as equipes. Os vencedores perfilaram-se em fila dupla, formando um corredor diante da entrada dos vestiários. Assim postados, saudaram – também com aplausos – o pessoal do Nimes pela lealdade da disputa e pelo belo espetáculo que proporcionaram aos espectadores.
Uma notável lição de esportividade…