Meu Data/Blog, que inclui porteiros, motoristas de táxi, balconistas de botecos, mecânicos e que tais, já se sinalizava , há algumas semanas, indícios de que a candidatura de Marina Silva perdia força – e eleitores.
Na hora H, do dia D, não resistiria às investidas que vinha sofrendo de todos os lados. Inclusive, de dentro da própria aliança partidária.
Não pegou nada bem junto aos seus pares, dos seis partidos que a apoiavam, a declaração de que, quando eleita, daria espaço para os melhores de cada área, fosse qual fosse a matiz partidária a que pertencesse.
Chegou a citar os nomes do ex-presidente Fernando Henrique, do agora senador José Serra e do então senador Eduardo Suplicy.
Pode ter soado bem junto à opinião pública esse desprendimento. Mas, internamente – entre os seus – foi um quiprocó.
Houve outros vacilos da candidata que permitiu o avanço do seu adversário direto, o tucano Aécio Neves: a questão da homofobia, a independência do Banco
Central, a discussão sobre o agronegócio e por aí vai.
II.
Claro que os adversários perceberam, e bateram forte.
Falam que a campanha de Dilma foi impiedosa com Marina, mas o tucanato também não deixou por menos. Em um dos debates – e por várias vezes, na mídia – Aécio desconsiderou “a postura independente” da ex-ministra. Anunciou aos quatro cantos que ela incorporava o PT-2.
III.
Há também a inexorável face sombria dos grandes conglomerados de Comunicação que, declaradamente ou não, se posicionaram pró Aécio (e à volta do neoliberalismo) desde a primeira hora. Para não falar, desde sempre.
Decisivamente, o jogo da disputa presidencial não é para principiantes.
IV.
Como escreveu hoje, na Folha de S. Paulo, o colunista Ricardo Melo, nada está resolvido neste segundo turno:
“É previsível aguardar nas próximas semanas a luta acirrada entre projetos diametralmente opostos”.
V.
Marina, como fiel da balança?
Faz sentido imaginar que sim. Apesar de que, seja qual for o lado para o qual pender, ela pode perder a aura da propalada mudança (a tal das manifestações de junho de 2013) que, de resto, é o que lhe convém resguardar para futuros voos (inclusive a legitimação do próprio partido, a Rede) e novos desafios. Inclusive, o sonho de ser presidente.
VI.
Soberana é a vontade das urnas.
Russomano, Tiririca, e Marcos Feliciano são os deputados mais votados em São Paulo.
Prefiro não comentar.