Neymar em campo… Só que na torcida pelo Brasil no jogo de ontem/Foto: Lucas Figueiredo/CBF
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Resenha da Copa (4)
Meus amigos e meus inimigos…
(Em tempos como os atuais é difícil quem não os tenha.)
Escrevo essas maltraçadas enquanto, com ar blasé, assisto à partida Brasil e Camarões.
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Mudo o estilo da letra para dedicar esse post a alemães, belgas, dinamarqueses, sérvios, mexicanos, uruguaios e às interplanetárias viúvas do Arrasca…
Enxuguem as lágrimas.
Importante é confetir.
Estou solidário, aos distintos, no adeus à Copa.
Fica para 2026.
Força, rapaziada.
Vida que segue…
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Meus destaques iniciais:
1 – em vista das estripulias dos resultados dessa terceira rodada, pelos adversários tende a enfrentar nas próximas fases, arrisco afirmar: mamão com açúcar para o almejado hexacampeonato brazuca, vinte anos depois da última conquista.
2 – esse tal VAR não veio para explicar, esclarecer. É um desastre. Vale pro Brasileirão do magnânimo ‘agora já foi’. Vale para a Copa. Entre outras, barbaridades, cito os dois pênaltis para o Uruguai que o pimpão do apito não viu (ou fez que não viu) e o VAR ignorou na caradura.
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Brasil, com o time reserva: Ederson, Daniel Alves, Éder Militão, Bremer e Alex Telles; Fabinho e Fred; Antony (Raphinha), Rodrygo, Martinelli e Gabriel Jesus.
Um reparo. Ou melhor, dois:
1 – Weverton, Pedro e Éverton Ribeiro, os brasileiros que atuam no Brasil são os únicos que ainda não estreiam na Copa. Talvez durante o jogo…
2 – A França jogou com os reservas e perdeu. Idem ibidem para Espanha e Portugal. Ou seja, sei não, se cuida Brasil!
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Jogadores em campo. Mas, a atração é Neymar que está dando um rolezinho pelo estádio. Aparece no telão e a torcida… Uóóóóóó! Vai a loucura.
Daniel Alves é o capitão. Por tempo de casa, eu diria.
Brasil estranhamente joga de camisa azul. Camarões, de verde escuro. O protocolo da FiFa não determina que os uniformes das equipes sejam contrastantes, tipo claro e escuro?
Bobeira minha.
Bola rolando…
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Dou uma pausa – e corto para o fim do jogo.
Explico.
Ou tento explicar.
104 minutos se passaram…
Tenho seis laudas com anotações em letras miúdas, que eu mesmo mal consigo entender.
Tentam registrar, lance a lance, o que foi o jogo.
Bem, amigos do Blog, e o que foi o jogo?
Resumo pra vocês:
Insosso. Chato pra dedéu.
Bem nos moldes do pragmatismo que o nosso técnico professa, com ares de ‘encantador de serpentes’, como bem definiu exemplarmente o zagueiro Lugano numa entrevista antiga.
Temos uma seleção segura, que sabe se defender e raramente dá espaço para os atacantes adversários, como hoje aconteceu no gol de Aboubakar que definiu a partida aos 47 minutos do segundo tempo.
No ataque, porém, e não foi só no cotejo de hoje, a seleção se mostra lenta, esquemática; por vezes, enfadonha.
Vale-se principalmente da criatividade dos nossos dianteiros.
(Que hoje não estiveram tão criativos assim.)
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Pois é, meus caros.
Deu Camarões. 1×0.
Nossa primeira derrota para africanos em uma Copa do Mundo
Vexame?
Nem tanto, mas desnecessário.
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Não curto esse tatibitate de que ‘perdemos na hora certa’, ‘faltou entrosamento’ e outras desculpas generalizantes e passapanistas.
Copa do Mundo, meus caros. Tem que ganhar – e, se possível, encantar.
Tô certo ou tô errado?, como diria o Sinhozinho Malta.
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Outra coisinha:
‘Gestão de grupo’ em torneio de sete jogos, se tanto?
Vamos deixar para outros momentos os cientificismos, as catilinárias e teorias afins.
Não se trata de negar as novas tecnologias, a informação, os avanços cabíveis e possíveis em toda e qualquer atividade humana.
É saber dosá-las.
Futebol sem magia, sem alma, só no toque-toque-toque robotizado, não é futebol.
É outra coisa, outro esporte.
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Na boa, sem querer ser o chato das antigas, e já sendo: na seleção e nessa Copa, sinto falta do lúdico, do brincante, do extraordinário que se faz inesquecível.
Aquilo que, um dia, alguém chamou de futebol-arte.
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Ops…
Um adendo:
Esqueçam aquele negócio de ‘mamão com açúcar’ que escrevi no começo do texto.
Que venha a Coreia, na segunda!
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O que você acha?