Foto: Tânia Rego/Agência Brasil
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Resenha da Copa (7)
“SEM SORTE NÃO SE COME NEM UM CHICABOM.
VOCÊ PODE ENGASGAR-SE COM O PALITO
OU SER ATROPELADO PELA CARROCINHA”
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Torcida amiga, bom dia..
O futebol tem lá suas nuances, seus caprichos.
Quem melhor transformou em letra de imprensa essas imprecisões e sinuosidades da vida e do Planeta Bola foi o grande jornalista e escritor Nelson Rodrigues (1912/1980), autor da célebre frase que abre o post de hoje.
Pois é, meus caros…
Volto a falar da Copa do Qatar para algumas ponderações a partir do dito e escrito.
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O primeiro deles:
Faltou sorte ou juízo à nossa seleção?
Um tanto dos dois, eu diria. Mas, sem grande convicção.
O assunto é recorrente em discussões de botecos, redes sociais e mesas-redondas.
E os amigos o que acham?
As duas coisas, eu diria sem qualquer convicção.
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Outro ponto em pauta nos pós-derrota para os enxadrezados ‘croacianos’
Se não déssemos o tal de ‘ciclo completo’ para o técnico Tite à frente do escrete e amargássemos o mesmo resultado que hoje nos corrói alma e coração, o que estaríamos dizendo agora?
“Não falei que o Tite tinha que continuar depois de 2018…”
Lembram o episódio Mano Menezes, trocado pelo Felipão um ano antes do Mundial de 2014?
Até hoje há quem diga que teríamos escapado ao vergonhoso 7×1 se fosse o Mano o técnico.
Será?
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Outra bronca.
(Minha, inclusive.)
Neymar deveria ou não cobrar o primeiro pênalti?
Vamaos lá…
Pensem comigo:
O camisa 10 pega a bola, bate o pênalti e gol.
Aí, na sequência, Rodrygo e Marquinhos desperdiçam suas cobranças e somos eliminados.
Poderia acontecer, não?
A maior responsabilidade – o último pênalti da série – fica sempre para o melhor do time.
Ou não?
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Mais um papo que se prolonga.
A convocação de Daniel Alves.
Também teria escolhido outro nome, mas…
Na boa, não foi decisiva.
Se não acrescentou, também não tirou.
Quem iria no seu lugar?
Emerson Royal? Rodinei? Marcos Rocha? Fagner?
Não vejo nenhum Carlos Alberto Torres entre os citados.
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Querem mais?
Tínhamos que “fechar a casinha”, todo mundo lá atrás, duas linhas de cinco e cousa e lousa.
Tinha que ‘furar a bola’, disse Galvão Bueno numa pretensa gíria aboleirada.
Muito bem.
Faríamos assim e, numa bate e rebate dentro da área, sobra pro inimigo e pimba, gol deles.
“Pô, maluco, brasileiro gosta de jogar com a bola, fazer gol, ir para o ataque. O que deu no Tite?”
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Agora falam em nomes para substituir Tite. Fernando Diniz e Abel Ferreira estão entre os primeiros citados.
Imagine as cenas:
1- Diniz dá instruções em meio aos craques/celebridades que nos representam. Ganha um picolé quem acertar o nome do filme ou série, como queiram. Ganhou quem disse “Diniz no País dos Perninhas”.
2 – Abel Ferreira, no balneário, traça o plano de jogo – e incumbe o craque Neymar de acompanhar o lateral, deslocar-se e abrir espaço para o meio-campista chegar na área e finalizar. Outro picolé para quem deduzir a frase que se ouve entre Ney e os parças? Acertou quem disse: “E aí, cara, o portuga chupou laranja com quem no vestiário?”
Enfim…
Não é tão simples, meus caros e raros.
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Ontem pipocou no noticiário esportivo o nome de Carlo Ancelotti para a sucessão do Tite.
Um amigo flamenguista me disse que é puro boato, sem chance.
E completa, com ares de bem-informado:
“É só para desestabilizar o Real Madrid às vésperas do Mundial de Clubes”.
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Dizem que a CBF está passando por ampla reformulação.
Muda tudo a partir de janeiro. Para permanecer tudo como sempre foi.
Me ocorre, então, outra frase de Nelson Rodrigues:
“Não se faz literatura, política e futebol com bons sentimentos.”
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O que você acha?