Tonhão dá notícias.
O amigo perdido, no mais antigo dos anos, quando ainda trabalhávamos na velha redação de piso assoalhado e grandes janelões para a rua Bom Pastor, comentou dia desses em nosso modesto Blog – com a injusta inquietação:
“Salve Seu Rodolfo, há quanto tempo hein?
Não sei se vai se lembrar de mim, sou o Tonhão que trabalhava com a Dona Leda.”
Como não me lembraria do Antônio Carlos Toledo (ainda um garoto quando começou conosco), da dona Leda, da Chris, da Luci, da Aninha e de todo aquele pessoal que atendia no balcão de anúncios daquele pequeno grande jornal?
Não sei se acontece com você.
Para mim, aqueles foram anos inesquecíveis.
A grosso modo, tenho raros contatos com os amigos daqueles idos.
Mas, sempre que os encontro, o mesmo alumbramento lhes invade e alegra, como se o tempo não houvera passado. E magicamente preserva intacta a nossa amizade.
Talvez – ou certamente – o bem maior daquela turma
II.
Sei, sei, tínhamos lá ‘a agonia nossa de cada dia’.
Mas, tirávamos de letra, lembra?
Afinal, no fundo, no fundo, éramos todos uns sonhadores.
– Jovens e inconseqüentes, como dizia o grande Tonico Marques.
Nós, lembra-se, preferíamos outra frase. A do poema de Fernando Pessoa, tão em voga naquela época
“Tudo vale à pena, se alma não é pequena.”
Pois é, compadre…
Sem nos dar conta, nós a vivíamos intensamente e, à nossa maneira, éramos bem felizes.
Bons tempos, aqueles…
Abraço, campeão!