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Roberto Dinamite e o dia de ontem

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Foto: Divulgação/Vasco da Gama

Depoimento do craque Zico sobre Roberto Dinamite, que faleceu neste domingo:


“É mais um dia muito triste para o nosso futebol e a vida cada vez mais prova que não precisa estarmos trabalhando juntos, ter jogado juntos, para perder um dos grandes amigos. O “Bob” Dinamite foi um dos grandes amigos que fiz no futebol, foram muitos anos. Nós com 17/18 anos começamos juntos no futebol, ele pelo Vasco, eu pelo Flamengo. Tivemos muitos momentos de vitórias e derrotas, mas a amizade sempre foi pautada pelo respeito e carinho.

“Foram praticamente 50 anos de amizades, grandes momentos vividos. E terminamos agora com a ida dele para o céu. Se tivesse que relembrar grandes momentos: Seleção Brasileira, onde nunca fomos derrotados jogando juntos, Campeonatos Cariocas, Brasileiros, Jogos das Estrelas que ele participou dos primeiros. Enfim, uma amizade sincera. Tive a oportunidade de voltar do Japão para jogar a partida de despedida dele no Maracanã, que muito me honra poder ter usado a camisa do Vasco.

“Tive a oportunidade de conviver muitos anos com ele. Lógico que, quando fomos para a Seleção Brasileira essa amizade se estreitou. Quando paramos de jogar essa amizade foi ficando mais forte com as nossas famílias. É uma perda muito grande, é um dia muito triste, mesmo sabendo dos problemas que ele tinha, sempre torcemos e rezamos por sua recuperação. Que ele descanse, em paz. Que Deus o tenha. 

Transcrevo o depoimento de Zico sobre o amigo_irmão Bob Dinamite.

E explico:

São personagens emblemáticos de um tempo em que perder ou ganhar no futebol era parte do jogo.

Valia a dignidade e o respeito com se disputava os jogos.

Valia a amizade.

E, sobretudo, a celebração da vida e da harmonia entre os homens.

O DIA DE ONTEM

A propósito das devastadoras cenas na Praça dos Três Poderes em Brasília, recupero o questionamento que me assombra desde junho de 2013. Passei pela Paulista por volta das 23 horas e vi o triste cenário posterior à manifestação e ao quebra-quebra generalizado.

Escrevi, então:

“Então, melhorar nosso País, nossa tenra democracia, passa por essas cenas de vandalismo e barbárie?”]

Não era pelo 0,20 centavos das passagens de ônibus.

Nunca foi.

Não era a Dilma presidente.

Nunca foi.

Não era nossa combalida economia estrangulada pelos interesses. os mais aleatórios.

Nunca foi.

Era o fascismo à brasileira, bancado pelos grupos de sempre, que já mostrava para onde iriam seus tentáculos.

Só não viu quem não quis.

Ou preferiu não ver.

FRANK HERBERT,

escritor norte-americano (1920/1986):

Eles não são loucos.

Eles são treinados para acreditar,

não para saber.

A crença pode ser manipulada.

Só o conhecimento é perigoso”.

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