Nélson Motta fez uma coluna primorosa – e divertida – ontem no Jornal da Globo.
Falou sobre a obra luminosa de Benjor.
Como surgiu em 1963, consagrando um ritmo único, no magistral “Samba Esquema Novo”.
Que o carioca de Rio Comprido é o inventor do que hoje chamam de samba-rock.
Da parceria com Wilson Simonal no antológico “País Tropical”.
Que ele pensa em regravar o que muitos consideram seu melhor disco “Tábua de Esmeralda”, de 1974.
Que ficou fora da mídia por algum tempo – até que, ao transformar o amigo Tim Maia no síndico do Brasil, conquistou as novas gerações e se tornou hit na virada dos anos 90, com a surreal “W/Brasil”.
Disse mais.
Que a geração de 42 da MPB – Caetano, Gil, Milton Nascimento, Erasmo, entre outros notáveis – preparava-se para celebrar os 70 anos do grande Babulina, apelido que ganhou entre os chegados da Tijuca em idos tempos.
Só que Benjor mandou avisar que há um equívoco aí.
Que nasceu em 22 de março de 1945 – e não naquele abençoado ano como dizem jornais, revistas e biógrafos não autorizados.
Benjor consegue confundir até o Wikipédia que traz no mesmo texto as duas datas.
Coisas do genial e sempre moderno Jorge Duílio Lima de Menezes.
Nos meus “guardados” aparecem outras datas. Em um célebre fascículo da Abril Cultural, editado no início dos anos 70 sobre os grandes nomes da MPB, tem que o então Jorge Ben nasceu em 1940.
Ai, ai, ai.
Que Benjor não nos leia…
Para acabar com o impasse, Nélson Motta, aliás, termina a coluna com uma deliciosa sugestão.
Vamos comemorar duas vezes – porque Benjor merece.
Uma agora – e outra daqui a três anos.
Salve Jorge!