Torcida amiga, bom dia! *
Antes que me perguntem, vou logo respondendo: o Palpitômetro do Blog vai bem obrigado.
Dos quatro jogos das oitavas de finais, tivemos três acertos. Só o resultado da Espanha furou. Aliás, foi uma surpresa para todos. Inclusive para os próprios russos.
Nas partidas de hoje, que parecem tranquilas, cravamos Brasil e Bélgica.
Olha o vacilo, rapaziada brazuca!
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Com esses resultados, três notáveis personagens da Copa estão fora de combate.
Sabem de quem estou falando?
De Iniesta, de Cristiano Ronaldo e de Messi.
Segura a onda aí, Neymar!
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Iniesta, 34 anos.
Cristiano, 33 pra 34.
Messi, 31.
Paira a sombra/ameaça de que os três encerram assim, melancolicamente, o ciclo de participações em Mundiais.
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O espanhol Iniesta, inclusive, já anunciou seu adeus com a camisa da Fúria. É o único dos três que logrou ser campeão mundial em 2010. É também o autor do gol no jogo que deu o título à Espanha, na África do Sul.
“Nem todos os nossos sonhos se realizam”, afirmou após a eliminação de ontem.
Sai de cena, com serenidade.
Mesmo que, por força do destino, seja ele o único a não conhecer o sabor de ser considerado oficialmente ‘o melhor do mundo’, láurea que Cristiano e Messi compartilham ao longo dos últimos 10 anos.
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O portuga bom de bola, Cristiano Ronaldo, deixou em aberto o destino na seleção portuguesa.
“Ainda é cedo para falar no futuro.”
O jogador também se mostrou resignado com a participação de Portugal nesta Copa e disse apostar que as novas gerações irão dar sequência ao trabalho até aqui realizado e que valeu ao selecionado português a conquista de uma Eurocopa.
Aliás, tal fato parece dar a Cristiano a sensação do dever cumprido.
Outro fato – o de ser um super atleta – também corrobora para um eventual novo desafio na seleção lusa.
Não descarto sua presença na próxima Eurocopa, por exemplo.
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O caso mais emblemático é mesmo o do argentino Messi.
Periga se transformar numa derramada letra de tango, tal sua dramaticidade.
O extraordinário jogador já chegou a quatro finais pela seleção do seu país – e não conseguiu levantar o caneco em nenhuma delas.
É justo que se diga que, na seleção, não repete as belas atuações que tem pelo seu clube, o Barcelona. Mas, é totalmente injusta a cobrança que jogam nas costas do camisa 10, especialmente a comparação que se faz com o mito Maradona.
Vejo essa falação toda como absurda, desumana. Por mais que um craque se destaque em um Mundial (Garrincha em 62, Pelé em 70, Paolo Rossi em 82, Maradona em 86, Romário em 94, Ronaldo e Rivaldo em 02), ninguém ganha sozinho uma Copa.
É impossível!
É fundamental que se tenha uma base sólida que lhe apoie e garanta, minimamente organizada, que este protagonismo seja vitorioso.
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Messi anunciou que irá resolver com a família se para ou continua na seleção.
Uma sábia decisão.
Seja ela qual for, o Planeta Bola há de saber respeitá-la.
Da minha parte, humildemente agradeço aos Céus por tê-los visto em ação.
A perfeição é uma meta, meus caros…
*Minha homenagem ao saudoso Ari Silva, primeiro presidente da Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo, que com este bordão (Torcida amiga, bom dia) começava sua coluna no Diário da Noite.
*(foto/montagem: ABC News)
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