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Ser feliz… (A frase de Jorge Luis Borges)

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Foto: Arquivo Pessoal

Creio que posso encaminhar esta historieta (que já contei diversas vezes aqui no Blog) para a coletânea de posts/crônicas sobre meus 50 anos de jornalismo.

Vale o registro.

Confiram!

Lá no mais antigo dos anos (1983/1984), trabalhei em uma revista que se chamava Afinal.

Tinha a pretensão de enfrentar a toda-poderosa Veja que anunciava ter um milhão de assinantes.

Para tal enfrentamento, os senhores da Afinal contratou os melhores jornalistas do mercado. Deram um desfalque considerável à equipe de repórteres e editores do inquieto Jornal da Tarde, mas não ficou só aí.

Ops.

Cabe uma explicação.

As coisas não saíram como o desejado para a nova revista.

Em consequência, alguns meses e os salários começaram a atrasar.

Não preciso dizer, mas digo que boa parcela dos profissionais deu área rapidinho da empresa.

Foi nessa hora que eu lá me apresentei – ou seja, não estava entre os tais e os quais, mas corria atrás.

Queria escrever.

E foi uma porta que se abriu.

Certo fim de tarde, cheguei à redação ali, na rua Maria Antônia, e o editor de Cultura me passou a seguinte pauta:

“Você (eu) tem duas páginas para falar da obra do escritor argentino Jorge Luis Borges, que acaba de morrer”.

Não havia o Google.

Ele, então, me entregou duas pastas enormes com recortes sobre o autor.

Mãos à obra.

Varri com dedos e olhos aqueles grossos calhamaços.

Risquei alguns trechos.

Entabulei uma lista de perguntas a serem feitas.

Liguei para dois ou três críticos de literatura — e, de madrugada, comecei a fazer o texto que, modestamente, ficou bem legal – eu o incluí no meu primeiro livro, Às Margens Plácidas do Ipiranga (1997).

Descobri que Borges era genial.

Um frasista, de primeira.

Por meio de seus pensamentos e escritos, definia a vida e o viver de cada um e de todos.

Uma das suas definições me é inesquecível:

“A gente pode tudo nessa vida. Só não pode é se fazer infeliz.”

Pausa para respirar e concluir.

E isso é o que vale, não?

Como diz o verso daquela velha canção que, à época, tocava nas rádios e nos inebriava de sonhos e querências:

“Ser feliz é tudo o que se quer.”

BOM FINAL DE SEMANA, AMIGOS!

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