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Ser ou não ser… cronista! (4)

Encerro a série de posts sobre crônicas e cronistas, iniciada na sexta neste modesto espaço, respondo a questões que me foram feitas sobre o tema:

01- Crônica: jornalismo ou literatura?

A crônica é um gênero jornalístico, embora flerte descaradamente com a literatura – ou vice-versa. Nasce nos primórdios da imprensa brasileira e se consagra entre os anos 40 e 70. Não tem a densidade ficcional do conto, mas não despreza a criatividade imaginativa do autor e a originalidade dos personagens e das situações narradas.

Tudo começa no início do século 20 com João do Rio e ganha formato com outro pioneiro, Humberto de Campos, autor de Notas de Um Diarista (Entenda-se aqui “diarista” como alguém que escrevia no jornal todos os santos dias).

02 – Os principais cronistas

A seguir faço uma listagem dos 20 nomes da minha preferência. Não há qualquer critério para a ordem de apresentação.

São eles:

Rubem Braga,

Nélson Rodrigues,

Sérgio Porto (Stanislaw Ponte Preta),

Drummond,

Rachel de Queiroz,

Fernando Sabino,

Joel Silveira,

Luis Martins (o LM),

Paulo Mendes Campos,

João Antônio (criador do conto/reportagem)

Marcos Rey,

Diaféria,

Raul Drewnick,

Antônio Maria,

Plínio Marcos,

Carlos Heitor Cony,

Mário Quintana,

Veríssimo

Inácio Loyola Brandão e

Manoel Carlos.

*(Vez ou outra, em sua coluna na Folha de S.Paulo, o médico Dráuzio Varela se revela um bom cronista quando troca o assunto de sua especialidade, a medicina, pela observação do cotidiano e suas gentes.)

3 – Considerações finais

Todo brasileiro bom de prosa é, por natureza, um cronista. A crônica é como aquela conversa que se compartilha, leve e solta, com amigos, na mesa do bar. Ou aquele contar de causos e relatos descompromissados como se ele (o cronista) e o leitor estivessem tomando uma fresca naquela varanda, entre uma golada e outra (a bebida fica à sua escolha), um petisco e outro, enquanto a vida, teor de todas as conversas, segue inexorável entre o descuido, o ‘sem cerimônia’ e o destino.