Foto: Jô Rabelo
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Assim que comecei com o Blog em setembro de 2006, recebi algumas orientações de amigos jornalistas.
Uma delas:
“Não é plataforma adequada ao jornalismo, embora possa a vir a ser também.”
Outra:
“Divirta-se. É o playground dos jornalistas.”
A terceira (que me pareceu a mais sensata):
“É um diário de bordo, sabe como?”
Não lembro bem o que respondi nas três ocasiões, mas segui seguindo.
Misturando gêneros e estilos, isso, aquilo e aquele outro.
E cá estamos…
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Quando completei 50 anos, lembro bem, estava às voltas com a finalização da minha dissertação de mestrado.
Tinha prazo de três dias para entregá-la. Um ameaçador 7 de dezembro).
Para variar, bem ao meu feitio, eu deixara para a última hora a redação do texto final.
Daí, a correria, o lufalufa, no lugar da comemoração.
À época, óbvio, não me faltavam planos, projetos de livros e sonhos.
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Ao completar 60, armei uma singela arapuca para mim mesmo.
Deixei que marcassem o ato de lançamento do meu segundo livro Meus Caros Amigos – Crônicas sobre jornalistas, boêmios e paixões justamente para um sábado, o dia do meu aniversário.
Inicialmente constrangido como sempre fico nessas situações, mas depois bem à vontade, passei cerca de três ou quatro horas da tarde daquele sábado inesquecível na Livraria Cultura do Shopping Villa Lobos a receber os amigos e assinar dezenas de exemplares.
Entre um rabisco e outro, também ali não me faltaram planos, projetos de outros livros e sonhos.
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Põe um punhadinho de anos nisso – e querem saber?
Não resisto ao lugar comum:
Parece que foi ontem.
Só que não.
A real é que ainda ontem cheguei aos setenta.
Um feito.
Com planos, alguns livros escritos e publicados, projetos de outros tantos a escrever e…
… sonhos, aqueles tais que não envelhecem.
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Passei o dia ao celular recebendo mensagens de apreço e carinho.
Foi muito legal.
(Mesmo em tempos pândemicos)
Terei que me habituar aos novos chamamentos:
– Setentinha, tio!
– Setentão, Rudi!
Tinha ou tão, tanto faz.
Tenho mais a agradecer a essas manifestações…
Sinceramente, me fizeram (e fazem) muito feliz.
Um abraçaço a todos e todas.
Vida que segue…
Que Mãe Maria, em sua infinita bondade, guarde e proteja nossos passos e o caminho.
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Vanderley Leite
5, dezembro, 2020Setentinha, setentão… O importante é “seguir seguindo”. Sempre é tempo de sonhar. Seja feliz!