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Simplesmente Maradona

Já disseram tudo sobre a tal Jabulani, a bola da Copa.

Que é horrível, sobrenatural…

Que é leve, rápida…

Que faz curvas sinuosas…

Que será reestudada e substituída após o Mundial.

Só não disseram uma coisa que salta latente aos olhos de todos.

Ela morre de amores por Dom Diego Maradona.

Reparem.

Em todos os jogos ela o procura, lasciva e, pasmem!, obediente.

E o gajo, mesmo todo em ‘enternado’ e de lustrosos sapatos, dá a ela o que, me parece, não encontra nas chuteiras coloridas que cortam os gramados.

Não é apenas a brejeira Jabulani que bandeou para o lado de Dieguito.

Também as câmeras de TV lhe procuram e reverenciam a cada momento. Mesmo que a jogada tenha acontecido lá do outro lado do campo.

Pra o bem do futebol – e dele próprio – Maradona é o personagem desta Copa.

Basta ver suas concorridas entrevistas coletivas.

Ou ainda como se comporta no aquecimento da sua seleção antes das partidas e mesmo à beira do campo.

Ele é a estrela.

Tenho para mim que muitos dos ex-craques que hoje nas cabines de Imprensa comentam os jogos, com ares professorais, adorariam viver a aventura que Dom Diego hoje vive, mesmo pondo em risco o endeusamento que os argentinos lhe têm.

Ali, no conforto do ar condicionado, discorrem sobre táticas e analisam o vaivém dos boleiros no gramado.

Já ouvi de alguns que Maradona é apenas um motivador.

Enganam-se.

É bem mais.

O homem tem carisma.

É único.

Imprevisível.

Independente ou não da conquista do título, ele já escreveu o capítulo mais incrível desta Copa: a saga de Maradona – o homem, a lenda, o mito…

FOTO NO BLOG: Budapeste (arquivo pessoal)

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