Vivo uma dúvida “atroz e conflitante”, como dizia um colega do curso de Jornalismo da USP, lá nos idos de 70.
(Espero que a revelação de que estudei na USP não derrube ainda mais o conceito da instituição nos rankings da educação e da vida).
II.
Bem, como dizia, vivo um dilema.
Nosso modesto Blog deve ou não entrar no clima da Copa das Copas?
Ou é preferível ‘tocar la pelota’ sem compromisso; aliás, como fazemos todos os dias. Como se o Blog fosse uma cópia mambembe do carrossel barcelonês a rodar e rodar pelas histórias e estórias do cotidiano brazuca.
Como não falar do Planeta Futebol nos dias que se seguem?
Eis a questão.
III.
Nem nos meus melhores momentos como atleta da bola (foram raros, mas inesquecíveis, ao menos para mim) fui lá o grande mago da objetividade. Era um zagueirão esforçado, algo botinudo, mas que fazia o feijão-com-arroz com competência.
Como escrivinhador, modestamente, penso que me saio razoavelmente no passe curto e ágil da crônica. Toco pra cá, toco pra lá; vez ou outra um lançamento mais longo. Quando possível, um drible mais alegórico do que necessário.
Além do que não se deve confiar em um cronista chinfrim com mais de 60.
IV.
De resto, está todo mundo no barulho de especialista no esporte.
Das repórteres loirinhas da Globo aos ex-boleiros com pose de comentarista. De humoristas pimpões à nova safra de jornalistas esportivos que cresceram no playground do condomínio e nunca ralaram a canela em um campo de várzea. Do Ronaldo Fofômeno aos pitacos do Dan Stulbach…
A Copa é o tema, o assunto.
Vai ser difícil ficar fora dessa roda.
V.
Até porque, vamos combinar, acabou o zum zum zum de que a Copa estava ameaçada, os estádios não ficariam prontos e reinaria o caos.
Ao que consta, habemus Copa – e não se fala mais nisso.
Ou melhor: só se fala nisso!