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Sobre o bairro do Ipiranga…

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Foto: igreja Imaculada Conceição, avenida Nazaré, Ipiranga (Anísio Assunção)

Há coisa de 10 dias, o  sempre_vereador Almir Guimarães, meu dileto leitor e amigo, sugeriu que escrevesse sobre o histórico bairro do Ipiranga, onde ele e eu vivemos belos anos de nossas vidas.

Vou lhes dizer algo que talvez já saibam.

Sou leso demais.

Mas, há dias que fico pior.

Perdido aqui aos pés da Serra da Bocaina, só agora me dou conta que o amigo me passava a pauta certa para a crônica do dia seguinte, 27 de setembro, quando, na verdade, se reverencia oficialmente o Dia do Ipiranga.

Vacilo meu.

Mil perdões, amigo.

Antes tarde do que nunca.

Faço agora o registro – e destaco que o vereador Almir Guimarães é o autor do projeto de lei que celebra a data em sessão solene, nos idos dos anos 80, na Câmara Municipal de São Paulo.

Isto posto, permitam-me uma pitadinha histórica que, modestamente, nosso Blog também é cultura:

O Ipiranga só se eleva à categoria de bairro em 1936.

É o que consta nos documentos cartoriais.

Antes disso, toda a área era vista e entendida como ‘freguesia’ do Cambuci. Ou seja, periferia do emblemático Reino Unido do Cambuci, onde nasci e me criei.

O Ipiranga é o primeiro bairro planejado de São Paulo – e, quiçá, do país.

Foi a construção do Museu do Ipiranga na segunda metade do século 19 que impulsionou os primeiros traços de urbanidade ao local.

(Até então, a região não passava de um vasto e irregular descampado recoberto por densa vegetação, demarcado por uma trilha barrenta que unia a Aldeia de Piratininga ao povoado de São Vicente, onde aportavam as embarcações que nos abasteciam.

Foi à beira desse sinuoso caminho, às margens do Riacho do Ipiranga  (na versão dos indígenas, rio de águas vermelhas ou barrentas) que, dizem lá os historiadores, nascemos enquanto Nação.

Consta que certo príncipe regente, um tal de Pedro de Alcântara, deu o brado histórico que nos libertou do jugo da Coroa Portuguesa:

— Independência ou Morte!

Alguns desses historiadores asseguram que ele deu o berro com as calças na mão. Mas, creio, este é um detalhe de somenos importância que prefiro não comentar.

Ainda nenhum comentário.

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