Até me espanto com a pergunta que encontro na home do Uol.
É um questionamento que me faço todos os dias:
“O que deu na cabeça de quem
resolveu odiar Marielle Franco?”
Dou crédito a quem merece. O blogueiro Matheus Pichonelli, que faz o seguinte post para acompanhar a nossa perplexidade:
Sete meses depois, Marielle virou símbolo da resistência, mas também um nome que precisa ser apagado das ruas e desmoralizado nas redes por quem tem pavor daquilo que ela representa: uma ideia de liberdade que vai de encontro ao ditado “manda quem pode, cala e obedece quem tem juízo”
II.
Outra notícia, a do jornal catalão Sport:
El Barcelona se desmarca de Ronaldinho
Trecho da notícia:
La posición de Ronaldinho a favor de Jair Bolsonaro como futuro presidente de Brasil ha sorprendido por las posiciones extremas y antagónicas a los valores que encarna no solo el FC Barcelona sino también a la sociedad en general. La homofobía, la misogenía y el racismo que ha pregonado Jair Bolsonaro a lo largo de sus más de 30 años de carrera política y que ha exaltado durante campaña electoral son inaceptables desde el punto de vista de la óptica azulgrana. ya que el Barça es uno de los clubs que más se ha posicionado internacionalmente en lado opuesto a los de Bolsonaro.
(…)
Ronaldinho tiene un acuerdo comercial con el Barça según el club cobra por participaciones en actos. El papel de Ronaldinho no es diferente al de Rivaldo, quien colabora de forma regular en los Legends o en actos de penya. Así pues Rivaldo, que también apoya públicamente a Bolsonaro, también perderá cuota en actos de Barça.
III.
Esta notícia me leva a um dos trechos da longa e admirável entrevista que Juninho Pernambucano deu ao jornal El País recentemente, onde diz com todas as letras o que pensa:
Me revolto quando vejo jogador e ex-jogador de direita. Nós viemos de baixo, fomos criados com a massa. Como vamos ficar do lado de lá? Vai apoiar Bolsonaro, meu irmão?
IV.
Aliás, a contundente crítica de Juninho Pernambucano deveria repercutir sinceramente em cada um de nós. No exato e perigoso momento que o País atravessa, dizer-se neutro é assumir um dos lados…
Triste e realisticamente assim.
Somos as nossas escolhas. mas, não há como escapar, pagaremos pelos nossos equívocos.
O que você acha?