Foto: Divulgação/SEP
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Pois é…
Tenho me policiado, por aqui, para não escrever sobre futebol.
A razão é simples.
Pego gosto na coisa – e não paro num único post.
É uma espécie de puxa-puxa – quem se lembra daquele doce que um senhor vendia num tabuleiro à saída do Grupo Escolar nos idos tempos de nossa infância?
Um tema puxa o outro que puxa outro…
É um sem fim.
E assim fico dias escrevendo sobre o ludopédio e o meu Palmeiras.
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Os leitores – esclareça-se – põem pilha.
Dão ideias.
Sugerem novos enfoques.
Gostam da discussão sobre o tema.
Andamos distantes dos botecos da vida por força da idade e das circunstâncias – eis que o nosso Blog, desconfio, ocupa o espaço; óbvio que sem aquele requinte etílico e o vigor do bate-boca ao vivo.
Até há algum tempo, dizíamos que o Brasil era o País do Futebol.
Hoje podemos arriscar outro jargão:
O Brasil é o País dos falastrões do futebol.
Já repararam o tanto de programas na TV, no rádio e no YouTube que tratam do assunto?
Todo mundo na corneta todo mundo.
Fulano é isso.
Sicrano escalou mal.
Beltrano é traíra.
E tome audiência, comentários, críticas e por aí vai.
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Na velha redação de piso assoalhado e grandes janelões para a rua Bom Pastor, a coluna sobre futebol, à época, só perdia, em termos de leitura, para o Horóscopo da Semana, a coluna Forno, Fogão & Cia e os bastidores das telenovelas revelados pelo saudoso Ismael Fernandes.
Mas, em termos de repercussão nas quebradas, era imbatível.
Todo mundo acha que entende de futebol.
Daí, o falatório…
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Eu faço uma ponderação sobre essa questão:
Ou todo mundo entende ou ninguém sabe nada dos mistérios dos deuses dos gramados.
Futebol não se explica.
Não se aprende na escola.
É um dom.
E essa magia que alimenta as paixões que movem e fazem girar o biliardário Planeta Bola.
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Isto posto, meus caros, respondo objetivamente as perguntas que recebi desde o post de ontem:
Não sei se, nós palmeirenses, vivemos um momento épico.
(Pode ser, No futuro, saberemos. Por enquanto, divirtam-se!)
Também não sei dizer se esta é a terceira ou quarta Academia.
(Desconfio que são coisas diferentes, em tempos diversos. Mil perdões, Divino!)
Não compactuo com a ideia de que o Abel Ferreira seja o melhor técnico da trajetória do Verdão.
(Acho injusto comparar épocas distintas. De 1914 pra cá, muita bola rolou no gramado.)
Entre Edmundo e Dudu, dos que vi, fico com Júlio Botelho.
Gustavo Gomes é gigante. Mas, no meu entender, não supera Luiz Pereira e Djalma Dias como zagueiros.
Sou mais Leão (apesar de ter jogado, e bem, no rival) do que Marcão, o simpático falastrão.
Não sinto falta do Roberto Carlos na lateral esquerda do Verdão, prefiro o saudoso Geraldo Scoto que marcou Garrincha (Botafogo), Cláudio Cristóvão Pinho e Roberto Bataglia (Corinthians), Dorval (Santos), Joel (Flamengo), Maurinho (São Paulo) entre outros pontinhas invocados e dribladores que só.
Entre o Allianz Parque (nosso orgulho) e o jardim suspenso do Palestra Itália, prefiro o velho Parque Antarctica, onde fui pela primeira vez aos 8 anos assistir a Palmeiras 3 x XV de Piracicaba 1. O camisa 10 do Palmeiras era o Ênio Andrade e, nesse dia, foi a inauguração do busto d bronze do Waldemar Fiume.
Enfim – e por fim…
Justifico:
Futebol é mais memória afetiva do que ciência exata.
Quem se arvora explicar a vitória do Real Madrid sobre Manchester City nos minutos finais da prorrogação?
Portanto, meus caros…
Degustem, com calma, os amendoins.
Sosseguem as cornetas e…
… bola pra frente.
(Amanhã lhes trago uma boa história palestrina. Aguardem!)
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O que você acha?