Foto: David Kross e Kate Winslet, atores_personagens de O Leitor/Divulgação
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Alguém me recomendou o filme O Leitor logo após o lançamento nos cinemas brasileiros, em 2008 ou 2009.
Não lembro exatamente quem foi.
Éramos uma turma de professores ao redor do balcão de uma cafeteria da Universidade.
Aproveitávamos o intervalo entre as aulas.
Conversávamos assuntos diversos.
Logo voltaríamos à lida nas classes.
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Já lhes disse: não lembro quem foi.
Nem todos ali eram da mesma faculdade e próximos uns dos outros.
Lembro apenas o tom apreensivo e os questionamentos do anônimo interlocutor:
“Fiquei impressionado”.
“O que há de errado como o ser humano?”.
“Somos um inevitável produto do contexto histórico em que vivemos?”.
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É provável. Não lhe demos a devida atenção.
Sou bem sincero.
Eu mesmo só fui assistir à intrigante produção neste sábado à noite – e por acaso.
Digamos que a escolha se fez por exclusão no rolar do menu de atrações da Amazon Prime.
A princípio, imaginei que já houvesse visto o filme.
(Devo tê-lo confundido com outra produção de título em português assemelhado, não sei.)
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Ou seja, com 16 anos de atraso, foi minha vez de inquietar-me.
Na esteira da trama sensível e, ao mesmo tempo devastadora – algo surpreendente para mim, pois só recorri às resenhas sobre filme depois de assisti-lo -, foi a minha vez de pulverizar-me em sentimentos controversos e diante da cegueira que muitas vezes nos ocorre diante da infabilidade dos fatos.
Tal e qual o colega naqueles idos, refaço os questionamentos, com o espanto maior que nada mudou:
“O que há de errado com o ser humano?”.
“Somos um inevitável produto do contexto histórico em que vivemos?”.
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Sob as mais diversas e polêmicas abordagens, a arte sempre tem tanto a nos dizer.
* Clique AQUI para ler uma detalhada resenha do filme.
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O que você acha?