Foto: Divulgação
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“Não foi uma vida boa”.
Difícil entender a frase/desabafo de Tina Tuner nas primeiras cenas do documentário “Tina”, do diretor Dan Lindsay, que estreou no Festival de Berlim em 2021.
Aos nossos olhos, a cantora, considerada a Rainha da Soul Music, sempre foi uma explosão de energia, luzes e sons.
Sempre soubemos dos maus-bocados que passou ao lado do parceiro Ike Turner, do relacionamento abusivo, da violência que sofreu. Da sua corajosa luta para retomar a vida e o renascimento numa surpreendente carreira solo.
Tina, deslumbrante, Tina.
Sua música, sua performance nos palcos, sua dimensão artística eram tão abrangentes que nos faziam esquecer nossas próprias tristezas e fragilidades.
Tina era puro encantamento.
Com vê-la de forma diferente?
Como deixar de admirar a esplêndida artista – e captar a mulher sofrida e renascida?
Tarefa rara e árdua para meros e iguais como nós.
Curioso que o documentário – se bem me lembro e está disponível em streaming no Brasil no HBO Max – segue a mesma toada. Mostra a mulher negra, sofrida, batalhadora, determinada. Mas, realça mais fortemente a estrela de primeira grandeza que Tina foi, é e será…
Tina faleceu ontem aos 83 anos, nos Estados Unidos.
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O que você acha?