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Três dias livres para o trabalhador

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Foto: Jô Rabelo/Arquivo

“Após a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que propõe o fim da escala 6×1 ter ganhado fôlego nas redes sociais, os deputados federais cederam à pressão e o número mínimo de assinaturas foi atingido. O endosso passou de 71 para 194 parlamentares, segundo a assessoria da parlamentar.”

O Globo13/11/2024

Meus caros e preclaros,

torço para que nossos nobres congressistas (que aparecem três dias por semana no Plenário, se tanto) aprovem a almejada semana de três dias livres para o trabalhador.

Seria um avanço em vários sentidos para a sociedade como um todo e o contingente de trabalhadores em particular.

Deixo para o bom senso e análise de sociólogos, economistas e afins a discussão pormenorizada dessa suculenta temática do mais do que necessário ‘‘avanço social’’ e, como é do meu feitio e hábito, socorro-me de uma história do tempo em que eu fazia o curso de mestrado em Comunicação Social, lá pela virada do século.

Vinte e tantos anos, hein!

Pois então…

Acreditem, amigos, que nas aulas de Novas Tecnologias & Ensino a Distância, já se falava no assunto como inevitável conquista da Humanidade a se consolidar nas próximas décadas do novo século. 

“Mais alguns anos, dez ou vinte, e todos trabalharemos menos e produziremos mais”, dizia o bom professor Jacques Vigneron.

“É da natureza humana o equilíbrio entre o laboral, o lazer e o descanso.”

“As máquinas vão substituir o homem em muitas funções – e assim haverá mais tempo hábil para que possamos vivenciar outros aspectos culturais e importantíssimos da nossa existência.”

Pelas anotações que tenho no velho caderno daqueles idos, foi o que disse o prof. Jacques. Se não literalmente, ressalto o sentido que captei das considerações do professor.

Prof. Jacques era francês – e amava o Brasil, onde vivia há décadas.

Ansiava pelas férias na Chapada da Diamantina que considerava um dos mais belos lugares do Planeta, um paraíso.

O único entrave à conquista deste inequívoco passo para dias melhores – disse o professor – seria a herança escravagista (ainda vigente) e a, digamos, “falta de visão” dos Donos do Poder.

Diante da reação de espanto do alunado, relatou por conta e risco um exemplo bem pessoal.

“Vejam, meus caros, temos dois encontros presenciais por semana em que discutimos os enormes passos dados pela tecnologia rumo ao futuro. Também tenho mais 4 horas de trabalho junto a outros departamentos para a implementação do ensino a distância na universidade. Mesmo assim, os chefões exigem que eu venha todos os dias para a Universidade, bater o ponto e agilizar eventuais orientações, via computador.”

“Percebem a contradição?”

“Querem se certificar se o escravo ainda está com as correntes ou já se livrou delas.”

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