Foto: Miguel DonSalvatore/Visual Farm
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Meus caros e preclaros,
DEMOCRACIA SEMPRE!
Hoje mais do que nunca.
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Explico:
Neste sábado (25), completam-se exatos 50 anos do assassinato sob tortura do jornalista Vladimir Herzog no DOI-Codi de São Paulo.
Para remarcar essa data ao mesmo tempo trágica e histórica, o Instituto Vladimir Herzog e a Comissão Arns decidiram relembrar e recriar o “Ato Ecumênico” de 31 de outubro de 1975, ocorrido na Catedral da Sé da cidade de São Paulo.
Naquele ano, mais de 8 mil pessoas reuniram-se na Sé para uma cerimônia de sétimo dia em homenagem a Herzog. O gesto, conduzido pelos líderes religiosos Cardeal Arcebispo D. Paulo Evaristo Arns, Rabino Henry Sobel e o Reverendo Jaime Wright, com a participação do jornalista Audálio Dantas, então presidente do Sindicato dos Jornalistas de SP, tornou-se um marco no processo de resistência democrática no Brasil.
Às 19 horas, a Catedral da Sé volta a acolher o Povo para o Ato Inter-religioso ’50 Anos Por Vlado’, reunindo lideranças religiosas, familiares, jornalistas, estudantes, artistas e autoridades em memória dos mortos, desaparecidos e perseguidos durante a ditadura militar.
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Caríssimos,
tive a honra de participar da excelente reportagem da amiga Leila Kiyomura publicada nesta semana no Jornal da USP.
Sou um dos entrevistados.
Era estudante de Jornalismo naquele trágico ano.
Pude lembrar, em meu depoimento, o professor Herzog em sala de aula e, creio, a lição maior que nos legou:
Em nome da democracia e da plena justiça social, aprendemos, com seu exemplo único, a resistir e a perseverar o sonho que se sonha juntos – e se faz realidade”.
Vladimir Herzog lecionou Jornalismo Televisivo na Escola de Comunicações e Artes da USP e foi indicado para receber o título de Doutor Honoris Causa in memoriam da Universidade de São Paulo.
Clique AQUI para ler:
HÁ 50 ANOS, VLADO FOI MORTO PELA DITADURA. MAS AS LIÇÕES DO PROFESSOR CONTINUAM
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CONVITE À FRUIÇÃO DA OBRA MULTIMÍDIA
“Quem chegar pela porta central da Catedral, vindo pela Praça da Sé, verá a fachada da Catedral apagada, o vitral central acesso e um ‘V’ desenhado em raios Laser. Uma escultura imaterial Vibrando no ar. V de Vlado, Vida, Verdade, Visão para que se some na construção do que venha a ser um ‘V’ de Vitória da Democracia. Não pelo reativo “V de Vingança”, mas pela Vital Justiça Vigilante.
Portanto, você já sabe do que se trata: sonhos antigos querendo realizar-se.
Mais uma vez.
E sempre.
Venha de branco, traga uma flor branca.
Faça sua homenagem.”
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Foto: Acervo do Instituto Vladimir Herzog
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ATUALIZAÇÃO
(Hoje, 6h45, no UOL)
Depoimento de Ivo Herzog: ‘Voto de Fux alerta que ainda há quem subestime autoritarismo’
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Leila Kiyomura
25, outubro, 2025Rodolfo , obrigada pelo seu depoimento, pela esperança que você trouxe aos estudantes. Passei o seu depoimento para os estudantes da Eca e inspirados em você, repetiram e divulgaram a luz de Herzog sobre a importância do ser jornalista. E, o mais bonito, destacaram o legado da esperança democrática.
Agradeço muito