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Um novo sete de setembro? Quem sabe…

 O Brasil da dinheirama esparramada em caixas e malas por um apartamento vazio em uma área nobre de Salvador, Bahia, é o retrato de um Brasíl sem rumo e sem prumo.

Estourado pela Polícia Federal, suspeita-se quem seja o dono dos 51 milhões de reais. Já fichado e condenado, mas em prisão domiciliar e sem tornozeleira. Não se sabe, porém, de onde veio (não é preciso lá grande imaginação para deduzir) e como chegou ali…

Coisas do Brasil. Cenas que correm o mundo e nos colocam nos porões da respeitabilidade como Nação.

Há piores? É provável… Mas, não deixa de ser triste, desolador o momento que vivemos.

A sensação que este velho repórter vira-lata tem é de que o cinismo, a desfaçatez, os desmandos se enraizaram solidamente em vários estamentos da nossa sociedade – e parecem não ter fim.
Rondam todos os poderes e nos projetam um futuro sem futuro.

Alguém me diz que essa corja sempre mandou no País. Mesmo quando, à sombra, ditavam as regras do jogo para quem, de alguma forma, aparecia como mandatário da vez.

Nunca deixaram de se locupletar. Só que agora, dadas as circunstâncias, abriram mão dos prepostos e tomaram para si as luzes desta triste ribalta.

Tenho cá minhas dúvidas se conseguiremos, à médio prazo e unicamente pelo voto, mudar o rumo da tragédia que se anuncia (e que já vivemos).

Sei que, no entanto, não é momento para desalentos.

Quem sabe um novo sete de setembro (sem príncipes) se esboça nos grotões deste vilipendiado povo brasileiro?

Tomara…

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