Foto: Reprodução das Redes Sociais
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Rod Stewart apresenta-se hoje no Allianz Parque em show que contará com a participação de Ivete Sangalo.
Leio que juntos ambos vão cantar a mundialmente conhecida “Do You Tink I’m Sexy” que o gringo, na caradura, diz que é de sua autoria.
Mas, todos sabem, ele chupinhou descaradamente a música “Taj Mahal”, do Ben Jor.
A magistral tungada fica clara, e óbvia no refrão:
“Teteteretetê, teteteretetê, teteteretetê-têtê”.
Penso que Ivete e a turminha que hoje vai ao estádio do meu Palmeiras poderia surpreender o britânico – e acarinhá-lo com o refrão benjorniano no momento em que o dito entoasse o megasucesso.
“Teteteretetê, teteteretetê, teteteretetê-têtê”.
Seria um vingancinha, digamos assim.
Uma vigancinha do bem e para fazer justiça ao Ben.
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A versão original de “Taj Mahal” é de 1972.
Faz parte do disco Ben – e é praticamente instrumental.
Havia um solo de violão com uma sonoridade indiana, gritos esparsos de ‘karma, krishma’ e o fabuloso refrão:
“Teteteretetê, teteteretetê, teteteretetê-têtê”.
Refrão que, por si só, condicionava toda a alegria que transmitia a canção.
No ano seguinte (1973 – há 50 anos, portanto) o autor a inclui em seu disco anual, 10 anos depois…
Nessa leitura, “Taj Mahal” ganha letra e aparece no formato ‘arrasa -quarteirão’ num medleys que inclui “País Tropical” e “Fio Maravilha”.
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O autor volta a registrá-la em seus dois discos de 1975: Jorge Ben à l’Olympia (ao vivo, em Paris) e no histórico Gil e Jorge – Ogum Xangô, com os dois brazucas esbaldando-se em improvisos ao longo de deliciosos 14 minutos e 42 segundos.
Ben Jor dá contornos mais pulsantes à canção (bem próxima à maneira como hoje ele a interpreta) na gravação que fez em 1978 no retumbante África Brasil, um de seus melhores discos.
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À época, Ben Jor conta que chegou a ser parabenizado por amigos que lhe disseram que Rod Stewart havia gravado a versão de uma de suas canções – e alcançado o primeiro lugar nas paradas da Inglaterra e dosEstados Unidos.
Ficou feliz – e desconfiado.
Nada sabia sobre o assunto.
Quando o brasileiro foi se informar, bingo: descobriu o plágio.
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Stewart, em sua autobiografia, lançada em 2012, defendeu-se como pôde.
Alegou que andou pelo Brasil, especificamente no Rio de Janeiro, naquele período. Era carnaval e só se tocava “Taj Mahal”.
Fosse onde fosse, lá estava o refrão:
“Teteteretetê, teteteretetê, teteteretetê-têtê”.
É provável que tenha se influenciado aí, mas não foi nada intencional.
Hãhã.
Mas…
… na iminência de uma pendenga judicial, diz que procurou se entender com Ben Jor.
(Coisa que o brasileiro nunca confirmou.)
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E, por vias das dúvidas e unilateralmente, Stewart doou todos os direitos da canção para a Unicef – e assim Ben Jor ficou numa enorme $$$audade.
Vale dizer que o disco do gringo vendeu 4 milhões de cópias.
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O que você acha?