Sign up with your email address to be the first to know about new products, VIP offers, blog features & more.

Uma nova ordem no Planeta Bola

Vou lhes confessar uma fraqueza. Espero que entendam.

O Degas aqui vive (in)certa crise de identidade sempre que enfrenta o espaço em branco da tela e se põe a deitar letrinhas, uma após a outra, para confecção do almejado post.

O fato acontece por vários motivos. Piorou desde que os amigos do Uol classificaram nosso humilde teclar diário na categoria “Literatura” do índice de procura dos blogueiros da Casa.

É uma responsa, e tanto.

Vai que o incauto leitor imagine aqui encontrar um, digamos, Machado de Assis!
Aliás, não precisa tanto. Mesmo que fosse um Veríssimo, um Cony, um Ruy Castro, um Xico Sá…

Antes, fosse!

Se bem que tanto o Veríssimo, como o Ruy Castro, raramente o Cony e mais frequentemente o Xico Sá, quando querem e podem, escrevem sobre futebol. Que é o assunto que modestamente pretendo hoje aqui discorrer, a partir dos acontecimentos desta semana.

Não é por nada, não – mas, é que tá todo mundo achando isso, aquilo e aquil’outro sobre as coisas do Planeta Bola que eu também resolvi tornar público meus achados.

Não são muitos, mas são sinceros.

Permitam-me.

O primeiro deles: o tal Planeta tem hoje uma nova ordem em vigor. A inegável supremacia da ‘escola’ alemã sobre todas as outras. Os resultados implacáveis de Borússia e Bayer comprovam o que estou a achar e dizer. Mais: a seleção alemã navega soberba nas mesmas águas. O roda-roda do Barcelona já era. O quasquasquás do Mourinho, idem. E a primazia da Fúria corre sérios riscos…

Os próximos capítulos, veremos em breve.

Para nós, brasileiros, o contexto se mostra ainda mais triste.

Já não temos o melhor futebol do mundo há algum tempo.

Também não fabricamos os melhores boleiros do Planeta – Neymar é a exceção, e ainda, creiam, a promessa.

Mais triste ainda é creditar à geração de Ronaldinho, Kaká, Robinho, Júlio César e tais a incumbência de levar às alturas o futebol brasileiro. Na boa – e sem desmerecer o que já fizeram (que é muito, mas não é o que imaginávamos): se não aconteceram em termos de seleção até agora, não é depois dos 30 que serão o que nunca foram – e, desconfio, que não têm mais disposição em ser.

Juro que ontem, em frente à TV, torci para Felipão trocasse Ronaldinho por Osvaldo e passasse Jadson para o meio, só para ver se o time ganhava um tantinho mais de vida e ritmo.

Foi só um devaneio.

A Alemanha impõe ao mundo um estilo de jogo mais consistente. Determinado taticamente, vigoroso; de velocidade e técnica. Sobretudo objetivo…

Tudo o que nossos malemolentes craques detestam; não sabem e não querem fazer…