Foto: Luiz Silvério
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Devo esta ao professor Luiz Silvério que, diga-se, não o vejo desde os tempos em que andávamos pelo campus Rudge Ramos da Universidade Metodista de são Paulo.
Ele postou a foto de Geraldo Vandré e da deputada federal Luiza Erundina num grupo de amigos no zap.
Na legenda, Silvério ressalta que ambos estiveram na noite do dia 23 no Teatro do Satyros (antigo cine Bijou), na emblemática Praça Roosevelt em São Paulo.
Mais não disse.
Mais não perguntamos.
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Não precisou.
Só de vê-los, bateu a emoção no embalo da saudade de um tempo em que o sonho era possível.
Não que hoje não o seja.
Mas, eu diria que era mais palpável, próximo de nós.
O sonho da construção de um Brasil para todos os brasileiros.
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Hoje a coisa toda anda embaçada.
Entendo que já foi pior, Vivemos quatro anos de horror e retrocesso.
Mas, reconheça-se, que há muito e muito – ou quase tudo – a ser feito.
Basta ver as investidas predatórias que hoje se faz nas políticas de preservação do meio ambiente.
A ganância e a barbárie embalam as ações no Congresso dos cultores do fim do mundo.
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Talvez por isso, por essa réstia de esperança, seja bom ver Vandré e Erundina juntos, ainda que sentadinhos, quietinhos, na plateia de um teatro que sempre foi símbolo da resistência.
É comovente, e inspirador.
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Aproveito a deixa para recomendar aos amigos e leitores a leitura do livro Geraldo Vandré – Uma Canção Interrompida, do jornalista e escritor Vitor Nuzzi.
Diz o autor:
“Geraldo Vandré, a personificação de um período de contestação, vive no imaginário de uma geração que o ouviu cantar no Maracanãzinho, na noite de 19 de setembro de 1968: quem sabe faz a hora/não espera acontecer“.
Vale a leitura!
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O que você acha?