HOME BLOG CONTATO INDIQUE ESTE SITE
 
Área:
BLOG | ver comentários |
Título: A palavra impressa e o "eu te amo"
Autor: Rodolfo C. Martino - publicado em 09/03/2009
 

Uma pausa para reflexão nessa segunda-feira ronaldesca e hebeana. Para mudar um pouco o foco das discussões, valho-me de trecho da crônica O Fim do Livro e a Eternidade da Literatura, de Carlos Heitor Cony, publicada em 8 de setembro de 2000 no jornal Folha de S. Paulo e reimpressa no livro O Tudo e o Nada – 101 Crônicas, do próprio Cony, lançado pelo PubliFolha em 2004. Em discussão, a palavra impressa, as novas tecnologias e o eterno “eu te amo”. Leiam!


Discutir a sobrevivência do livro,

como objeto material, é ocioso.

Como produto industrial,

ele estará sujeito às transformações

da técnica e da circunstância.

Agora, o espírito da letra,

a necessidade da letra como

símbolo de expressão,

reflexão e comunicação,

isso nada tem a temer

da linguagem digital.

Pelo contrário: ela

ajudou a velha letra,

que nossos ancestrais

grafavam na pedra

ou na madeira, a vencer

a força e a comodidade

da imagem. Não adianta

colocar Ingrid Bergman

beijando Humphrey Bogart

para transmitir a beleza,

a necessidade que

sentimos toda vez que

amamos. Nada substitui

a simplicidade, a maravilhosa

assombração do “eu te amo”.

 
 
COMENTÁRIOS | cadastrar comentário |
 
 
© 2003 .. 2024 - Rodolfo Martino - Todos os direitos reservados - Desenvolvido por Sicca Soluções.
Auto-biografia
 
 
 
BUSCA PELO SITE