|
Lá da China o presidente Lula manda avisar:
Não haverá terceiro mandato.
Há quem diga que seja jogo de cena.
Todos sabem – e seus adversários políticos temem:
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva é um hábil estrategista de campanha.
Aliás, ele adora estar nas ruas, nos palanques. De microfone em punho a falar para as massas. Sua trajetória política mostra bem essa característica que alguns chamam de verdadeiro dom.
Não é bem este o caso de dois dos mais respeitáveis nomes da oposição: FHC e Serra.
Lembro que em 1985, quando cobri a campanha eleitoral para prefeitura de São Paulo, ouvi queixas doídas de alguns correligionários do PMDB. O então senador e candidato Fernando Henrique não se sentia à vontade no tal corpo a corpo com os eleitores. Temiam inclusive que o homem desse uma das tantas escapadas que tanto gostava para Paris – e largasse os compromissos de campanha.
O que, justiça seja feita, não aconteceu.
Após a derrota inesperada para Jânio Quadros, reclamou-se – e muito – do desempenho pífio do candidato FHC.
De José Serra, é outra a reclamação que se ouve. É um fiel cumpridor da agenda de visitas e comícios. No entanto, o governador, que já é irascível no dia-a-dia, alcança índices de insuportabilidade extrema em tempos de eleições. Já soube de comentários de que se a campanha fosse unicamente feita pela TV, no horário gratuito, seria o melhor dos mundos para Serra.
A bem da verdade, desde que Lula se reelegeu, o espectro do terceiro mandato vive a ameaçar os sonhos dos opositores do governo. Os altos índices de popularidade e a empatia com o povão fazem tremer os alicerces de eventuais aspirantes ao cargo.
Lula sempre negou a possibilidade.
Recentemente as notícias – ou boatos? – retomaram força após a divulgação de que a ministra Dilma Roussef passa por intricado tratamento de saúde. Ela é a virtual candidata à candidata dos petistas para 2010. Mas há quem hoje questione esta possibilidade...
De qualquer forma, para por fim a maiores especulações, lá da China o presidente mandou avisar:
Não haverá terceiro mandato.
Ou seja, pela primeira vez na história recente do País, teremos um pleito presidencial sem a presença do metalúrgico que virou Presidente. Isto faz com que todos os prognósticos e análises políticas para o próximo ano não passem de meros palpites.
Inclusive o texto que vocês acabam de ler... |